A XP, em seu relatório pós-divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23) da BRF (BRFS3), ressaltou o desempenho robusto da companhia, evidenciando sinais positivos em todas as suas operações. O lucro líquido registrado pela empresa atingiu R$ 754 milhões no período, marcando uma reversão significativa em relação ao prejuízo líquido de R$ 956 milhões no mesmo período do ano anterior, conforme revelado no novo balanço trimestral divulgado nesta segunda-feira (26).

A XP expressou expectativas de que a demanda no mercado doméstico sustentasse a recuperação da margem da BRF, enquanto melhores perspectivas de fluxo de caixa, associadas a estoques mais baixos e resultados financeiros de caixa sequencialmente melhores, foram igualmente destacadas, totalizando quase R$ 200 milhões na comparação trimestral. Destacou-se também a performance da operação internacional da empresa, impulsionada pela recuperação de preços em todos os mercados, o que contrastou com a tendência observada pela Secex. Tal cenário resultou em uma rápida recuperação da margem Ebitda ajustada, passando de 2,6% no 4T22 para 11,1% no 4T23.

Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, analistas da XP, enfatizaram a possível revisão positiva de lucros por parte do mercado diante dessa recuperação acelerada, além de destacarem a sólida margem Ebitda ajustada reportada no Brasil.

Outros indicadores do balanço da BRF no 4T23 incluem receitas líquidas de R$ 14,426 bilhões, um Ebtida ajustado de R$ 1,903 bilhão (representando um crescimento anual de 76,3%) e uma margem Ebtida de 13,2%, um aumento de 5,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, houve um crescimento na disponibilidade de produtos, com alta de 4 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior. O lucro bruto da companhia também registrou um avanço significativo, atingindo R$ 3,193 bilhões, impulsionado por melhorias na performance operacional e pela disciplina financeira da empresa, contribuindo para uma redução substancial da alavancagem, que atingiu 2,01x, conforme destacado pelo CEO da BRF, Miguel Gularte.