Luiz Barsi Filho revela ações adquiridas e setores a serem evitados em 2024
O renomado investidor individual Luiz Barsi Filho, figura proeminente na Bolsa brasileira, expressou cautela em relação ao cenário de ações para 2024. Barsi destaca a previsão de impacto nos lucros e nos dividendos devido à influência dos impostos. Embora não classifique a situação como caótica, o megainvestidor alerta que as empresas podem enfrentar desafios na […]
O renomado investidor individual Luiz Barsi Filho, figura proeminente na Bolsa brasileira, expressou cautela em relação ao cenário de ações para 2024. Barsi destaca a previsão de impacto nos lucros e nos dividendos devido à influência dos impostos. Embora não classifique a situação como caótica, o megainvestidor alerta que as empresas podem enfrentar desafios na obtenção de resultados positivos. Contudo, ele ressalta que aquelas que consistentemente recompensam seus acionistas devem manter essa estratégia.
Com uma fortuna estimada em R$ 4 bilhões, Barsi, que já recebeu R$ 1 milhão em dividendos por dia de sua carteira previdenciária em 2022, discutiu suas movimentações mais recentes em uma live do Ações Garantem o Futuro (AGF) realizada no início da semana.
Vendas estratégicas de ações
Entre as decisões de venda, Barsi compartilhou sua decisão de se desfazer das ações da Ultrapar (UGPA3), empresa de combustíveis, devido à distribuição modesta de dividendos. Ele destacou que já mantinha exposição ao setor por meio de outras empresas, como Vibra (VBBR3) e Cosan (CSAN3). Além disso, Barsi também vendeu os papéis ordinários da Eletrobras (ELET3), citando dividendos considerados insatisfatórios, embora mantenha exposição por meio das ações preferenciais (ELET6).
Outras vendas incluíram ações da Sabesp (SBSP3) devido a um rendimento inadequado no preço atual, e da Itaúsa (ITSA4), cujos investimentos em subsidiárias eram percebidos como não geradores de dividendos significativos.
Ações adquiridas por Barsi
Entre as ações recém-adquiridas por Barsi, destaca-se a Caixa Seguridade (CXSE3), empresa com menos de cinco anos de listagem na Bolsa, mas com fundamentos sólidos, de acordo com o investidor. Ele enfatiza a evolução trimestral positiva da empresa no segmento habitacional. Barsi também menciona investimentos em Auren (AURE3), destacando seu compromisso sólido com a distribuição de dividendos. A AES Brasil (AESB3) permanece em sua carteira, apesar da ausência de dividendos em 2023, devido à redução no número de ações, facilitando o rateio dos proventos.
Barsi ainda mantém posições significativas em Vibra (VBBR3) e Cosan (CSAN3), mostrando-se contrário a uma possível fusão entre Vibra e Eneva. Ele também expressou apreço pelo Banco do Brasil (BBAS3), apesar do preço elevado, e sugeriu que uma crise poderia oferecer oportunidades para aumentar a posição.
Setores a serem evitados, segundo Barsi
Barsi finaliza destacando setores considerados desfavoráveis para quem busca dividendos, incluindo varejo, companhias aéreas, construtoras, shoppings e empresas de turismo. Ele argumenta que esses setores enfrentam crises frequentes, citando exemplos passados de empresas aéreas quebradas. Barsi enfatiza que a incerteza associada a fatores externos torna esses setores pouco confiáveis para a distribuição consistente de dividendos.
Com informações de Estadão