IGP-10 de janeiro apresenta desaceleração e variações setoriais
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou um aumento de 0,42% em janeiro, mostrando uma desaceleração em comparação com os 0,62% registrados em dezembro, conforme divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (17). Ao longo dos últimos 12 meses, o índice acumula uma queda de 3,20%. Esses dados ficaram ligeiramente abaixo das […]
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou um aumento de 0,42% em janeiro, mostrando uma desaceleração em comparação com os 0,62% registrados em dezembro, conforme divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (17). Ao longo dos últimos 12 meses, o índice acumula uma queda de 3,20%.
Esses dados ficaram ligeiramente abaixo das projeções do consenso LSEG, que esperava um aumento de 0,43% no mês. No mesmo período do ano anterior, janeiro de 2023, o índice variou 0,05%, acumulando uma elevação de 4,27% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve uma variação de 0,42% em janeiro, quase a metade da variação de 0,81% registrada no mês anterior. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,46% em janeiro, em comparação com 0,22% em dezembro.
André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre, explicou que as variações nos preços de combustíveis, açúcar e soja são responsáveis pela desaceleração do IPA no início do ano. Ele observou que, embora o óleo diesel tenha atingido o pico do último reajuste autorizado pela Petrobras nesta leitura, nas próximas apurações, o diesel contribuirá menos para o arrefecimento da taxa do IPA.
Braz também destacou o reajuste das mensalidades escolares como um fator que impulsionará a taxa do IPC ao longo de janeiro, resultando em uma elevação de 0,46% em comparação com os 0,22% de dezembro.
No que diz respeito ao Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), os materiais e equipamentos foram o destaque, com uma variação que passou de -0,20% para +0,44% em janeiro.
Dentro do IPA, os preços dos Bens Finais aumentaram de 0,36% em dezembro para 1,04% em janeiro, com destaque para o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,25% para 8,91%.
No grupo Bens Intermediários, a taxa de queda acelerou, passando de -0,20% em dezembro para -1,42% em janeiro, impulsionada principalmente pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,35% para -6,12%.
No grupo Matérias-Primas Brutas, o índice também perdeu força, passando de 2,45% em dezembro para 1,88% em janeiro, com contribuições significativas dos itens soja em grão, cana-de-açúcar e mandioca/aipim.
IPC (Índice de preços ao consumidor)
Em relação aos preços ao consumidor, seis das oito classes de despesas componentes do IPC registraram aumento em suas taxas de variação, com destaque para hortaliças e legumes, artigos de higiene e cuidado pessoal, cursos formais, roupas, gasolina e combo de telefonia, internet e TV por assinatura.
Os grupos Despesas Diversas e Habitação apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, influenciados por serviços bancários e aluguel residencial, respectivamente.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve uma variação de 0,39% em janeiro, em comparação com 0,01% no mês anterior, com aumento nos grupos Materiais e Equipamentos, Serviços e Mão de Obra.