Em resposta à intensificação da crise humanitária em Maceió, desencadeada pela empresa petroquímica Braskem, a bolsa de valores brasileira, B3 (B3SA3), retirou a Braskem (BRKM5) do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3). A decisão, divulgada nesta terça-feira (5), ocorre à medida que uma mina de sal-gema está afundando rapidamente, resultando na evacuação de diversos edifícios, incluindo residências e hospitais.

A partir desta sexta-feira (8), as ações da Braskem não farão mais parte da carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial, seguindo o decreto de estado de emergência emitido pela Prefeitura de Maceió. A B3 comunicou a decisão, considerando os quatro pilares delineados no Plano de Resposta a Eventos ESG implementado pela empresa na última sexta-feira, dia 1º. Esses pilares abrangem o impacto ESG da crise, a gestão da crise pela empresa, o impacto da crise na imagem da empresa e a resposta da empresa à crise.

“Dessa forma, a participação dela será redistribuída proporcionalmente aos outros ativos que integram a carteira, e será feito o ajuste no redutor deste índice”, afirmou a B3. A bolsa de valores ainda ressaltou que “a decisão não deve ser interpretada como um pré-julgamento das responsabilidades da empresa, mas decorre da aplicação do disposto na metodologia do ISE B3, item 5.3, que estabelece a exclusão de ativos que ‘durante a vigência da carteira se envolvam em incidentes que as tornem incompatíveis com os objetivos do ISE B3, conforme critérios estabelecidos na política de gestão de riscos do índice'”.