Octavio de Lazari, o atual CEO do Bradesco (BBDC4) e presidente do Conselho Diretor da Febraban, abordou a preocupante situação dos numerosos processos trabalhistas enfrentados pelo banco durante o Fórum BNDES de Direito e Desenvolvimento, que teve lugar nas instalações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Segundo o que o executivo revelou, o Bradesco se encontra atualmente diante de cerca de 42 mil ações judiciais de natureza trabalhista. Lazari fez questão de ressaltar que essa quantidade é excessiva e demanda atenção imediata.

“Nós temos 42 mil processos trabalhistas em andamento no judiciário. Não estou insinuando que somos isentos de culpa ou que não cometemos erros. Contudo, 42 mil processos é uma cifra absurda,” comentou.

O CEO do Bradesco observou que tanto a quantidade de processos quanto os montantes envolvidos são regularmente objeto de revisão e análise interna no banco, ocorrendo semanalmente.

Além disso, Octavio de Lazari também abordou os desafios no âmbito do direito civil, expressando preocupação com a forma de atuação de determinados escritórios de advocacia.

Durante o evento, o CEO do Bradesco destacou a importância do crescimento econômico como a pedra angular para a melhoria dos indicadores sociais. Ele argumentou que, por si só, programas sociais, financiamento público e decisões judiciais não são suficientes para proteger a parcela mais vulnerável da população, a menos que haja um crescimento econômico sólido.

“Ao relativizar a importância do crescimento econômico, estaríamos desconsiderando o único elemento capaz de nos tirar da situação atual,” afirmou.

Lazari enfatizou a necessidade de realizar uma reforma tributária para simplificar o sistema fiscal e atrair investimentos, garantindo assim o crescimento sustentável do país. Ele enfatizou que essa é uma equação simples: arrecadar e investir. No entanto, ele frisou que, se o país não crescer, nada disso será possível.

O presidente do Bradesco sublinhou que o crescimento econômico é crucial para superar os desafios sociais e econômicos que o Brasil enfrenta atualmente, ressaltando a necessidade de manter o foco nesse objetivo para assegurar um futuro mais promissor.

Veja também:
STF aprova lei que permite bancos retomarem imóveis em caso de inadimplência