O Bradesco (BBDC4) anunciou ao mercado nesta quinta-feira (19) a aprovação do pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) intermediários no valor total de R$ 2 bilhões. 

O montante será distribuído da seguinte forma: R$ 0,179570675 por ação ordinária e R$ 0,197527743 por ação preferencial.

Neste cenário, os acionistas registrados até 30 de setembro de 2024 terão direito a essa distribuição, com as ações sendo negociadas “ex-direito” a partir de 1º de outubro de 2024. 

O pagamento será feito até 30 de abril de 2025, já descontado o Imposto de Renda Retido na Fonte de 15%, exceto para os investidores pessoas jurídicas que sejam isentas.

Os acionistas com ações no próprio Bradesco, com dados cadastrais atualizados, receberão o crédito diretamente em suas contas bancárias. Já aqueles com ações custodiadas na B3, receberão o pagamento dos proventos via corretoras responsáveis. 

Quem tiver dados desatualizados deverá regularizá-los em uma agência do Bradesco para receber o valor.

Bradesco registra lucro recorrente no 2T24

No segundo trimestre de 2024 (2T24), o Bradesco (BBDC4) alcançou um lucro líquido recorrente de R$ 4,716 bilhões, que representa um avanço significativo de 12% frente ao trimestre anterior e de 4,4% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Este desempenho destaca o banco como um dos líderes no setor financeiro, superando as projeções de analistas que esperavam um lucro de R$ 4,378 bilhões. O resultado positivo é um reflexo da sólida gestão financeira e das estratégias eficazes implementadas pelo Bradesco para fortalecer sua posição no mercado.

O crescimento no lucro recorrente do Bradesco foi impulsionado por uma combinação de fatores positivos. Primeiramente, o banco experimentou uma redução substancial de 29,3% nas despesas com Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) em comparação com o ano anterior. Este declínio nas despesas com provisões foi crucial para melhorar a rentabilidade do banco. Além disso, o Bradesco viu um aumento na margem financeira, nas receitas de serviços e no resultado das operações de seguros, todos contribuindo para o crescimento geral dos lucros.

A margem financeira total do Bradesco registrou uma queda de 5,9% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 15,6 bilhões. Apesar dessa redução, a margem com clientes, que reflete o ganho em operações de crédito líquidas de PDD, mostrou um crescimento notável de 25,7% no ano, alcançando R$ 8 bilhões. Além disso, as receitas de serviços do banco subiram 6,4% em comparação com o ano passado, somando R$ 9,3 bilhões. Este crescimento nas receitas de serviços demonstra a capacidade do Bradesco de diversificar suas fontes de receita e manter a robustez financeira.

A carteira de crédito expandida do Bradesco encerrou o trimestre em R$ 912,1 bilhões, refletindo um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Este crescimento na carteira de crédito é um indicativo positivo da demanda por empréstimos e da capacidade do banco de expandir suas operações de crédito. A inadimplência, medida pelos atrasos acima de 90 dias, caiu para 4,3%, representando uma redução de 1,4 ponto percentual em comparação com o ano passado. A diminuição na inadimplência é um sinal de melhora na qualidade dos ativos do banco e na eficiência de suas operações de crédito.

O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (ROAE) do Bradesco foi de 10,8% no segundo trimestre de 2024 (2T24), apresentando uma leve queda de 0,1 ponto percentual em relação ao ano anterior. Apesar dessa pequena diminuição, o ROAE continua a refletir um desempenho sólido e a capacidade do banco de gerar valor para seus acionistas.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.