A gigante da tecnologia Apple (AAPL34) volta aos holofotes com o lançamento do iPhone 15,  durante o evento denominado “Wonderlust” ocorrido nesta terça-feira (12).  Nesse evento, a empresa não apenas apresentou o novo modelo, mas também gerou grande expectativa ao sugerir que continuará com sua prática de lançar quatro diferentes versões: o modelo tradicional, Plus, Pro e Pro Max, além de prometer revelar versões inovadoras do Apple Watch e AirPods.

Esses produtos, quando combinados, compõem aproximadamente 60% da receita total da Apple. Entretanto, paira a incerteza sobre se a empresa conseguirá manter esse desempenho, pois nos dias que antecederam o anúncio oficial, suas ações sofreram uma queda brusca de mais de 6%, resultando em uma perda de quase US$ 200 bilhões em seu valor de mercado.

Proibição do uso de Iphones na China 

O evento aconteceu em meio a notícias preocupantes sobre uma possível proibição do uso de iPhones na China. Relatos indicam que Pequim planeja expandir a proibição do uso de iPhones em órgãos governamentais, incluindo escritórios locais e empresas estatais. Essa informação foi divulgada inicialmente pelo The Wall Street Journal, citando fontes anônimas familiarizadas com o assunto. No entanto, ainda não está claro o alcance dessa decisão, nem o impacto real das novas regras, nem qual será a reação dos consumidores chineses. Vale ressaltar que a proibição se aplica apenas ao uso profissional, não ao uso pessoal.

O chefe de estratégia macro do Rabobank, Elwin de Groot, observou que, dado o grande número de órgãos públicos na China, não é surpreendente que essa notícia tenha afetado não apenas as ações da Apple, mas também o mercado financeiro como um todo. Como resultado, a semana passada foi marcada por perdas significativas em Nova York, com o S&P recuando 1,3%, o Dow Jones cedendo 0,8% e o Nasdaq registrando uma queda de 1,9%.

Lançamento do Iphone 15 e o impacto nas ações Apple

Durante o evento anual do iPhone realizado nesta terça-feira, as ações da Apple experimentaram uma queda de 1,7%, retornando aos níveis mais baixos do dia em Nova York e ficando abaixo da marca de US$ 180,00. Inicialmente, as ações começaram o pregão com uma leve alta de até 0,4% logo após a abertura, mas o desempenho negativo das ações estava influenciando negativamente os índices S&P e Nasdaq.

No evento, o CEO da Apple, Tim Cook, começou destacando as atualizações dos novos computadores Mac e também anunciou o lançamento do Vision Pro para o início do próximo ano. Este dispositivo é considerado o produto mais importante da empresa desde o Apple Watch e será um fone de ouvido vendido por US$ 3.499 ou mais.

No entanto, o mercado financeiro está expressando preocupações sobre o impacto da decisão de Pequim nas vendas dos novos produtos da Apple, uma vez que a China é o segundo maior mercado da empresa, ficando atrás apenas da Índia.

Estima-se que existam cerca de 35 milhões de funcionários diretos de agências governamentais e mais de 50 milhões de empregados em empresas estatais na China. Se adicionarmos os membros do próprio Partido Comunista Chinês (PCCh), o número total de possíveis consumidores afetados pela proibição do governo chinês pode superar os 100 milhões.

Com informações de InvestNews