A Construtora Tenda divulgou nesta quinta-feira (17) sua intenção de realizar uma oferta pública inicial de ações para arrecadar aproximadamente 200 milhões de reais, com a possibilidade de emitir um lote adicional de até 50 milhões. 

Além disso, a empresa informou que está em estágio avançado de negociações com seus credores para reestruturar seus compromissos financeiros, incluindo a possibilidade de emitir até 300 milhões de reais em novas dívidas.

A Tenda explicou que a finalidade dessa reestruturação é aprimorar sua estrutura de capital, otimizando suas obrigações financeiras e efetuando o pagamento antecipado de parte das dívidas de curto e médio prazo.

Resultado Tenda 2T23

A Tenda (TEND3) apresentou prejuízo líquido de R$ 10,5 milhões no 2º trimestre de 2023, redução de 90,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O Ebitda ajustado atinge R$ 47,7 milhões no 2T23, crescimento notável de 247,6% em comparação com 2T22.

A margem Ebitda ajustada atinge 6,7% no período de abril a junho de 2023, marcando um aumento de 11,9 pontos percentuais em relação ao 2T22.

O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) registra desempenho negativo de 48,3% no 2T23, deterioração de 13,3 p.p. em termos anuais.

A receita líquida atinge R$ 710,5 milhões no segundo trimestre deste ano, refletindo um crescimento de 13,3% em relação ao mesmo período de 2022.

Este aumento é impulsionado pela melhoria nas vendas de imóveis e pelo aumento de preços, estratégia adotada pela empresa para recuperar a rentabilidade após os problemas com orçamentos de obras.

O preço médio dos apartamentos da Tenda no 2º trimestre é de R$ 203 mil, em comparação com R$ 177 mil no ano anterior. Em julho, esse valor chega a R$ 210 mil, considerando os novos incentivos ao MCMV.

O lucro bruto ajustado alcança R$ 158,8 milhões no segundo trimestre de 2023, marcando um crescimento de 55,3% em relação ao mesmo período de 2022. A margem bruta ajustada atinge 22,4% no 2T23, aumento de 6 p.p. em relação à margem do 2T22.

O resultado financeiro líquido registra um prejuízo de R$ 15,9 milhões no segundo trimestre de 2023, aumento de 50,8% em relação às perdas financeiras do mesmo período em 2022.

Até 30 de junho de 2023, a dívida líquida da empresa totaliza R$ 625,6 milhões, representando uma diminuição de 5,5% em relação ao mesmo período de 2022. Esse progresso é atribuído à melhoria nas vendas de imóveis e ao aumento de preços, uma estratégia continuada para reforçar a rentabilidade após os desafios nos orçamentos de obras.

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