Durante esta semana, a renomada companhia de entretenimento Disney (DISB34) divulgou seus resultados financeiros para o período entre abril e junho de 2023, revelando um prejuízo significativo de 460 milhões de dólares (equivalente a cerca de R$ 2,2 bilhões na taxa de câmbio atual). A notícia surge em meio a preocupações crescentes sobre a saúde financeira da empresa e seu desempenho no mercado.

Uma das principais razões apontadas para esse resultado adverso é a chamada “crise de criatividade” que afetou a produção de conteúdo da Disney. Especialistas consultados pelo G1 apontam que essa falta de inovação e originalidade tem impactado negativamente as bilheterias e levado a uma queda substancial no número de assinantes de suas plataformas de streaming.

No período de apenas um trimestre, a Disney registrou uma diminuição de quase 12 milhões de assinantes em sua plataforma de streaming. Isso sinaliza um desafio significativo para a empresa, uma vez que a era digital tem se tornado cada vez mais central para o modelo de negócios da indústria do entretenimento.

Em resposta a esses desafios, a Disney anunciou planos para reajustar os preços de seus pacotes de streaming. Essa medida pode ser vista como uma tentativa de reverter a tendência de perda de assinantes e recuperar parte das perdas financeiras. No entanto, os detalhes exatos desses ajustes ainda não foram divulgados.

Após a divulgação dos resultados financeiros, o presidente da empresa, Bob Iger, expressou otimismo em relação ao futuro da empresa, mesmo diante das dificuldades atuais. Iger afirmou que, embora estejam enfrentando ventos contrários no curto prazo, ele mantém uma “confiança incrível na trajetória de longo prazo da Disney”.

À medida que a Disney busca superar os desafios recentes e revitalizar seu desempenho financeiro, os olhos do mercado e dos consumidores estão atentos às medidas que serão adotadas pela gigante do entretenimento nos próximos trimestres.

Estratégia da Disney para reverter o prejuízo

A empresa está analisando diversas estratégias para reverter a situação atual e melhorar tanto a receita quanto o lucro. Uma dessas abordagens envolve o aumento do preço da assinatura do Disney+ nos Estados Unidos, uma medida que poderia ter um impacto global, além de implementar taxas mais elevadas para o compartilhamento de telas, semelhante ao que a Netflix fez recentemente.

Essas iniciativas fazem parte de uma correção de curso liderada pelo presidente da empresa, que retornou ao comando após uma ausência de dois anos. O foco atual da empresa está na lucratividade, havendo uma mudança temporária de ênfase em relação ao crescimento rápido.