De acordo com dados divulgados Eurostat (como é conhecida a agência de estatísticas da União Europeia) nesta terça-feira (16), a zona do euro apresentou superávit comercial de 17,9 bilhões de euros em fevereiro.  

Em janeiro, o bloco havia registrado saldo positivo bem maior, de 27,1 bilhões de euros, de acordo com número revisado. Na comparação mensal, as exportações do bloco caíram 0,2% em fevereiro, enquanto as importações avançaram 4,2%, também considerando-se ajustes sazonais.

No resultado sem ajustes, a zona do euro teve superávit comercial de 23,6 bilhões de euros em fevereiro, múltiplas vezes maior do que o superávit de 3,6 bilhões de euros observado em igual mês do ano passado, informou a Eurostat.

Banco Central Europeu planeja corte de juros para junho

As autoridades do Banco Central Europeu (BCE) parecem estar alinhadas com a ideia de que junho é a data mais provável para o início dos cortes de juros na região, mas ainda há divergências sobre a duração do ciclo e, consequentemente, sobre o tamanho da flexibilização.

O economista-chefe do BCE, Philip Lane, se reuniu com estudantes em Dublin, na Irlanda, e observou que a inflação na zona do euro está progredindo em direção à meta de 2% estabelecida pelas autoridades monetárias, após um período “acidentado” que a manterá próxima dos níveis atuais por enquanto.

Lane afirmou que “mesmo que a perspectiva de inflação no curto prazo seja um tanto acidentada, a convergência projetada para a meta em 2025 será mantida”. Ele também apontou fatores como pressões menores nos custos de mão de obra e uma compressão adicional nos lucros das empresas como elementos que estão contribuindo para a redução da inflação.

Atualmente, os mercados estão precificando apenas três cortes este ano, uma vez que as expectativas recuaram nas últimas semanas, após dados inesperadamente altos sobre a inflação nos EUA impulsionarem as apostas de corte pelo Fed para mais adiante.