Trump ordena demissão de funcionários ligados a programas de diversidade e meio ambiente no governo federal
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que determina a demissão de funcionários envolvidos em programas de diversidade e justiça ambiental no governo federal.
Trump ordena demissão de funcionários ligados a programas de diversidade e meio ambiente no governo federal
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma ordem executiva que impacta diretamente os programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) no governo federal. A medida, assinada logo após sua posse, visa a demissão de funcionários ligados a essas áreas, incluindo aqueles envolvidos em iniciativas de justiça ambiental. A decisão, que reflete um dos principais pilares da campanha do republicano, busca reverter as políticas de seu antecessor, Joe Biden, e promete causar significativas mudanças na administração pública americana.
Em um movimento rápido e decisivo, o governo de Donald Trump determinou que agências federais iniciem a demissão de servidores públicos relacionados aos programas de diversidade e justiça ambiental. A ordem executiva assinada na sexta-feira, logo após sua posse, dá instruções para que as agências removam todos os cargos e escritórios vinculados às políticas de DEI, também conhecidas como diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade.
A ação visa não apenas cortar pessoal diretamente envolvido nessas iniciativas, mas também eliminar qualquer vestígio de propaganda ou documentos relacionados aos programas de DEI. A ordem define um prazo de 60 dias para que as agências ajam conforme as novas diretrizes.
A medida exigirá que os chefes de departamentos e agências do governo federal apresentem planos detalhados de redução do pessoal envolvido nas áreas de diversidade, equidade e inclusão. A intenção é que até 31 de janeiro, essas mudanças sejam implementadas. De acordo com o memorando emitido pelo Escritório de Gestão de Pessoal (OPM), o objetivo é reduzir drasticamente a estrutura que promove tais iniciativas dentro do governo.
Os funcionários que não cumprirem os requisitos do novo decreto serão removidos de seus postos, e seus cargos poderão ser eliminados, conforme permitido pela legislação vigente. Além disso, o governo também determinou que as agências investiguem se programas de DEI foram alterados ou renomeados para ocultar sua verdadeira natureza, com consequências severas caso isso seja comprovado.
A motivação por trás dessa decisão está em uma crítica de longa data de Trump às políticas de DEI, que ele considera discriminatórias. Durante sua campanha presidencial, Trump fez declarações contundentes contra essas políticas, argumentando que elas favorecem grupos minoritários em detrimento da população branca, especialmente os homens. O ex-presidente também questionou a diversidade de gênero, atacando especialmente a inclusão de mulheres trans em esportes femininos.
Essa ordem executiva representa, portanto, a materialização de uma das promessas de campanha de Trump, com o objetivo de remover o foco em iniciativas de igualdade e diversidade nos setores públicos e privados. Trump acredita que a contratação e promoção de funcionários no governo devem ser baseadas exclusivamente em mérito, sem qualquer interferência de políticas de inclusão que possam ser vistas como divisivas.
Embora a principal ênfase seja na diversidade e inclusão, o governo de Trump também fez referência à justiça ambiental como parte do novo decreto. Essa referência, que não estava presente em outras medidas anteriores, tem como objetivo garantir que as decisões que afetam a saúde pública e o meio ambiente sejam tomadas de forma justa e inclusiva, considerando todas as pessoas, independentemente de sua origem ou status socioeconômico.
A justiça ambiental, definida pela Agência de Proteção Ambiental (EPA), envolve o direito das comunidades de participar ativamente de decisões que afetam sua saúde e o ambiente ao seu redor. Embora o foco de Trump seja, em grande parte, a eliminação de programas relacionados a DEI, essa inserção da justiça ambiental no contexto do decreto reflete uma tentativa de equilibrar as críticas que ele recebeu em relação a questões ambientais e de justiça social.
A medida também revoga várias ações tomadas pelo ex-presidente Joe Biden em relação à diversidade e inclusão, incluindo políticas que visavam proteger os direitos da população transgênero. Sob a administração Biden, foram implementadas regras que garantiam o acesso a cuidados médicos de afirmação de gênero e buscavam a integração plena de pessoas trans em diversas esferas da sociedade.
Agora, com a assinatura da ordem executiva por Trump, muitas dessas políticas estão sendo revistas. As consequências disso podem ser profundas, especialmente no acesso da população transgênero a cuidados médicos essenciais, que agora poderão ser restritos.
Além das demissões, a ordem de Trump também orienta que todas as agências do governo removam qualquer tipo de linguagem ou publicidade relacionada aos programas de DEI. Isso inclui documentos, guias, e qualquer outro material que defenda essas iniciativas, que devem ser retirados dos arquivos e da divulgação oficial. Essa medida visa garantir que as novas políticas estejam em total conformidade com a filosofia de Trump de meritocracia, eliminando o que ele vê como discriminação inversa.