O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, nesta quinta-feira (8), o primeiro acordo comercial de seu segundo mandato, firmado com o Reino Unido. O anúncio foi feito diretamente do Salão Oval da Casa Branca, sendo classificado por Trump como “histórico”, marcando um passo importante na estratégia de acordos bilaterais que ele busca para os Estados Unidos.

O que foi anunciado e como isso afeta os EUA

O novo pacto comercial estabelece uma série de condições que favorecem a economia americana, principalmente na área agrícola. Trump destacou que o acordo garante maior acesso ao mercado britânico para produtos dos Estados Unidos, com um foco específico em produtos agrícolas. Este acordo, segundo o presidente, abrirá novas oportunidades de exportação para agricultores e pecuaristas dos EUA, com um aumento estimado de US$ 5 bilhões em exportações para o Reino Unido.

Além disso, o acordo contém uma tarifa universal de 10% sobre produtos britânicos, o que, conforme Trump, deve gerar US$ 6 bilhões em arrecadação para os Estados Unidos. A tarifa será aplicada de forma consistente, sem discriminação, e cobrirá diversos tipos de produtos.

Como o acordo beneficia os produtores americanos

De acordo com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, o acordo com o Reino Unido também proporcionará um aumento significativo nas oportunidades para os exportadores americanos. Ele explicou que o Reino Unido se comprometeu a abrir ainda mais seus mercados para produtos dos Estados Unidos, e isso beneficiará particularmente os produtores agrícolas e pecuaristas.

Entre as principais vantagens para os Estados Unidos está a possibilidade de os produtores rurais do país enviarem mais alimentos, como carne e produtos agrícolas, para o Reino Unido. Isso abre novas portas para os Estados Unidos no mercado britânico, ampliando sua presença e garantindo maior competitividade no comércio internacional.

O impacto no setor automotivo e as perspectivas de crescimento

Outro ponto relevante do acordo é o impacto no setor automotivo. Segundo Lutnick, o Reino Unido poderá exportar até 100 mil carros para os Estados Unidos sob a tarifa de 10%. Esse movimento tem o potencial de impulsionar a indústria automobilística britânica, ao mesmo tempo em que oferece mais opções para os consumidores americanos.

Além disso, o acordo foi desenhado de forma a garantir que os trabalhadores britânicos não sejam prejudicados. As autoridades dos dois países asseguraram que as condições de trabalho no Reino Unido não sofrerão impactos negativos com a implementação das novas políticas comerciais. Pelo contrário, o acordo busca criar novas oportunidades econômicas para os trabalhadores britânicos ao abrir portas para o aumento de exportações e a geração de empregos.

O que isso significa para as relações comerciais entre EUA e Reino Unido

Este acordo é, sem dúvida, uma vitória para os governos tanto dos Estados Unidos quanto do Reino Unido. O governo britânico, que vinha buscando por anos um pacto comercial com Washington após a saída do Reino Unido da União Europeia, agora vê um avanço significativo. Para Trump, trata-se de mais uma demonstração de que a América está “aberta para negócios” com países que respeitam os Estados Unidos e apresentam propostas sérias.

Durante a ligação com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, Trump afirmou: “Este acordo mostra que, se você respeita os Estados Unidos e traz propostas sérias à mesa, a América está aberta para negócios. Muitos outros virão — fiquem ligados!”. A declaração reforça a intenção de Trump de continuar a fortalecer as relações bilaterais com outras nações por meio de acordos comerciais vantajosos.

Como o acordo pode afetar o futuro econômico dos EUA

O acordo com o Reino Unido não é apenas um marco no segundo mandato de Trump, mas também um indicativo de sua estratégia mais ampla para o comércio internacional. Ao fortalecer as relações com um dos maiores aliados dos Estados Unidos, o presidente parece seguir em sua agenda de promover acordos bilaterais que busquem garantir um melhor acesso ao mercado para os produtos americanos.

Além disso, Trump busca enfatizar que os Estados Unidos estão prontos para negociar com outros países que tragam propostas significativas, mostrando que o país está cada vez mais aberto para acordos vantajosos. Com a crescente tendência de nacionalismo econômico nos EUA, esse tipo de acordo reflete a busca por maior autonomia econômica, ao mesmo tempo em que fortalece os laços com aliados tradicionais.