Tesla resolve ação por homicídio culposo após acidente fatal com Model Y em Ohio
A Tesla chegou a um acordo judicial por homicídio culposo após o acidente fatal envolvendo Clyde Leach, de 72 anos, que morreu em 2021 após seu Model Y acelerar repentinamente e sair da estrada, colidindo com um pilar em um posto de gasolina em Ohio.
Tesla resolve ação por homicídio culposo após acidente fatal com Model Y em Ohio
A Tesla resolveu uma ação judicial por homicídio culposo movida pelo espólio de Clyde Leach, que morreu em 2021 após seu Model Y acelerar repentinamente e sair da estrada, colidindo com um pilar em um posto de gasolina em Ohio. A montadora nega falhas no veículo, mas o caso foi fechado antes de um julgamento, gerando discussões sobre a segurança de seus carros e os problemas com o sistema de aceleração.
Tesla resolve ação por homicídio culposo após acidente fatal com Model Y em Ohio
A Tesla, a gigante dos veículos elétricos fundada por Elon Musk, chegou a um acordo judicial com os advogados do espólio de um idoso de 72 anos que morreu após um acidente envolvendo um Model Y. A tragédia aconteceu em 2021, quando o carro acelerou de forma repentina e saiu da estrada, colidindo com um pilar em um posto de gasolina localizado em Dayton, Ohio. A montadora e os advogados da família divulgaram a resolução do processo no tribunal federal de São Francisco nesta segunda-feira, mas os termos do acordo não foram revelados.
O acidente fatal e as alegações do espólio
Em 2021, Clyde Leach, de 72 anos, estava dirigindo seu Tesla Model Y quando, segundo o processo movido pelo espólio, o veículo acelerou repentinamente e sem explicação. O acidente resultou em ferimentos fatais, incluindo traumatismo craniano e queimaduras, depois que o carro bateu em um pilar de um posto de gasolina. A Tesla, por sua vez, negou que o veículo tivesse falhas e culpou o motorista pelo ocorrido, afirmando que o modelo de Leach era “de última geração” e sem defeitos de design ou fabricação.
O espólio alegou, no entanto, que a Tesla sabia dos problemas com aceleração repentina em seus veículos, incluindo o Model Y, citando “centenas de ocorrências” de incidentes semelhantes. A montadora não havia admitido a existência de qualquer falha no sistema de aceleração, mas o caso foi fechado fora do tribunal, antes que um julgamento com júri pudesse acontecer. Um julgamento estava marcado para abril de 2026, mas agora, com o acordo, essa data foi evitada.
O histórico da Tesla em processos judiciais
Esse caso não é isolado na história recente da Tesla. A empresa já enfrentou outras ações judiciais relacionadas a acidentes fatais envolvendo seus veículos. Em 2023, a montadora resolveu outra disputa envolvendo um acidente fatal de 2018, no qual um engenheiro da Apple perdeu a vida após o Tesla Model X desviar de uma rodovia enquanto estava no modo Autopilot. Esse acordo também ocorreu poucos dias antes de um julgamento agendado, levantando questionamentos sobre a forma como a empresa lida com questões jurídicas relacionadas à segurança de seus veículos.
Além disso, em fevereiro deste ano, a Tesla obteve uma vitória parcial em um tribunal de apelações da Flórida, quando conseguiu reduzir os danos que poderia ser forçada a pagar em um processo similar sobre o Autopilot. Esse recurso questionava alegações de que a Tesla havia fornecido informações erradas sobre as capacidades de seu sistema de assistência ao motorista, o que também gerou um grande debate sobre a responsabilidade da empresa na segurança de seus carros.
O que a Tesla afirma sobre a segurança de seus veículos
A Tesla tem sido uma líder no mercado de carros elétricos, com ênfase em inovações como o sistema Autopilot e outros recursos tecnológicos de assistência ao motorista. A empresa sempre defendeu a qualidade de seus veículos e a segurança de seus sistemas. No entanto, investigações e processos judiciais indicam que existem questões não resolvidas sobre a confiabilidade desses sistemas, especialmente quando se trata de eventos inesperados como a aceleração repentina que o espólio de Leach alegou em seu processo.
Em um comunicado sobre o caso envolvendo o Model Y, a Tesla reiterou que o veículo em questão não apresentava falhas de projeto ou fabricação e que o acidente foi resultado de uma falha do motorista. No entanto, a empresa também enfrenta uma crescente pressão para lidar de forma mais transparente com esses incidentes e garantir que seus sistemas, como o Autopilot e a aceleração de veículos, estejam funcionando de acordo com as expectativas de segurança pública.
A importância dos acordos extrajudiciais para a Tesla
O fato de a Tesla ter resolvido o caso por homicídio culposo sem ir a julgamento levanta questões sobre como a empresa lida com processos judiciais e sua estratégia de mitigação de danos. Embora os detalhes do acordo não tenham sido divulgados, é possível que a montadora tenha optado por evitar um julgamento público que pudesse expor mais vulnerabilidades de seus sistemas, afetando sua imagem e suas finanças.
Esses acordos extrajudiciais podem ser uma maneira de a empresa minimizar os riscos de mais danos à sua reputação, além de evitar custos elevados com litigação. No entanto, essa prática também alimenta um debate sobre se a Tesla está fazendo o suficiente para corrigir problemas técnicos e melhorar a segurança de seus veículos, especialmente em um momento em que questões de responsabilidade e segurança de veículos autônomos estão se tornando cada vez mais centrais na indústria automotiva.