Segundo superintendente da FGV/Ibre, resiliência na Indústria e Construção, enfraquecimento em Serviços e Comércio em Março
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) registrou um ligeiro aumento de 0,2 ponto em maio, atingindo 95,8 pontos, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (3). Este é o maior valor desde outubro de 2022. Enquanto a Indústria e a Construção demonstraram resiliência, mantendo-se próximos ao nível neutro de 100 pontos, os […]

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) registrou um ligeiro aumento de 0,2 ponto em maio, atingindo 95,8 pontos, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (3). Este é o maior valor desde outubro de 2022. Enquanto a Indústria e a Construção demonstraram resiliência, mantendo-se próximos ao nível neutro de 100 pontos, os setores de Serviços e Comércio exibiram sinais de enfraquecimento da atividade econômica.
Análise do superintendente da FGV/Ibre
Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas do FGV/Ibre, destacou que, apesar da estabilidade da confiança industrial, houve disparidades significativas entre os setores. Enquanto a Indústria e a Construção permaneceram sólidas, os setores de Serviços e Comércio mostraram fraqueza, especialmente o último, que sofreu uma queda expressiva após um mês de crescimento.
Comentários sobre o Comércio
Campelo Jr. ressaltou a queda de 4,0 pontos no setor do Comércio em maio, após um aumento de 5,1 pontos no mês anterior. Esse movimento pode estar relacionado à tendência negativa da confiança do consumidor, possivelmente influenciada pelo desastre ambiental no Rio Grande do Sul.
Análise dos Índices-Componentes
O Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) apresentou uma leve alta, impulsionado pela melhora nas projeções para os negócios futuros. Por outro lado, o indicador que mede as expectativas de demanda para os próximos três meses registrou uma queda. Entretanto, o Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) cresceu, atingindo seu patamar mais alto desde outubro de 2022, impulsionado pela percepção sobre a demanda atual e a situação dos negócios.
Campelo Jr. avaliou que os avanços futuros na confiança empresarial dependerão, em grande parte, de uma evolução favorável da situação econômica e social no Sul do país. A região Sul desempenha um papel crucial no panorama nacional, e seu progresso será fundamental para impulsionar a confiança e o crescimento econômico em nível nacional.