A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), listada como SBSP3 na bolsa de valores, divulgou no início desta semana que o Conselho de Desestatização do Estado de São Paulo emitiu uma recomendação favorável para avançar com o processo de privatização da maior empresa de fornecimento de água e tratamento de esgoto do Brasil.

Essa recomendação se materializou na forma de uma autorização concedida à Sabesp, permitindo-lhe selecionar e contratar instituições financeiras para atuar como coordenadoras em uma futura oferta pública de ações, seguindo um modelo semelhante ao utilizado na privatização da Eletrobras.

No fechamento do pregão desta terça-feira (19), as ações da Sabesp registraram um aumento de 0,38%, alcançando o valor de R$ 60,80 por ação.

Além disso, o conselho também deu o aval para que as secretarias estaduais de Parcerias em Investimentos e de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística encaminhem o anteprojeto de lei relacionado à desestatização da empresa ao governador Tarcísio de Freitas, do partido Republicano. Tarcísio de Freitas é um grande defensor da privatização da Sabesp.

O processo de desestatização da empresa deu um passo significativo adiante quando a cidade de São Paulo aderiu, em meados de agosto, à regionalização dos serviços de água e esgoto, em conformidade com o marco regulatório do saneamento.

Nesse contexto, analistas do JPMorgan mantiveram a avaliação de um valor justo de R$ 100 por ação para a Sabesp privatizada, embora tenham identificado riscos relacionados à concretização da privatização da companhia.