Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, tomará posse nesta segunda-feira (20), com um discurso carregado de simbolismo e promessas de mudanças significativas para o país. O líder republicano, que retorna ao cargo após um primeiro mandato turbulento, anunciou que pedirá uma “revolução do senso comum”, enfatizando que chegou o momento de os Estados Unidos avançarem com coragem, vigor e revitalização. A posse será marcada por um evento de grande repercussão, mas que também será ajustado devido ao clima rigoroso da capital americana.

O que esperar do discurso de posse de Trump

Trump será empossado como o 46º presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 20 de janeiro, em uma cerimônia que se realizará à tarde, por volta das 14h (horário de Brasília). O evento, tradicionalmente realizado em frente ao Capitólio, será transferido para o interior do complexo do Congresso devido ao frio intenso que atinge Washington, DC. Durante a cerimônia, Trump fará o juramento de posse, que será conduzido pelo presidente da Suprema Corte dos EUA, John Roberts.

O discurso de posse será a ocasião para Trump expressar sua visão para os próximos quatro anos, após um período de grandes divisões políticas no país. A frase “revolução do senso comum” reflete um tom mais direto e assertivo, algo que sempre marcou a gestão do republicano. De acordo com trechos do discurso compartilhados pelo The Wall Street Journal, Trump falará sobre um “início de uma nova e emocionante era de sucesso nacional”, destacando que uma “maré de mudanças está varrendo o país”. O novo presidente, assim como em seu primeiro mandato, buscará reforçar sua imagem de outsider, que promete quebrar com as normas políticas tradicionais.

O que está em jogo no segundo mandato de Trump

Esse segundo mandato de Trump será considerado histórico não apenas pela sua reeleição, mas também pela forma como ele será conduzido. O presidente eleito planeja dar um tom decisivo ao início de sua presidência, e seus apoiadores esperam que ele continue com as políticas de corte de impostos, fortalecimento do setor privado e, sobretudo, um posicionamento mais agressivo em relação à imigração e às questões energéticas.

No primeiro dia de seu novo governo, Trump deve assinar uma série de decretos e diretrizes, em um movimento que está sendo descrito internamente como “choque e pavor”. Segundo fontes próximas ao planejamento, mais de 100 decretos poderão ser assinados já nas primeiras horas de sua posse, com medidas abrangendo áreas cruciais como energia, imigração e segurança nacional. Essas ações devem redefinir a política interna dos EUA e refletir sua agenda conservadora.

Como será o impacto dessas ações e o que elas significam para o futuro dos EUA?

A promessa de uma nova era de sucesso nacional, com foco na “revolução do senso comum”, é uma clara alusão a um retorno ao “fazer as coisas do jeito certo”, segundo a visão de Trump. O presidente eleito vê sua administração como um reinício para os Estados Unidos, no qual o patriotismo e a independência econômica serão os pilares principais. Espera-se que ele continue a adotar políticas protecionistas, especialmente no comércio e em questões internacionais, buscando fortalecer a economia doméstica antes de buscar acordos com outros países.

Além disso, com mais de 100 decretos planejados para o primeiro dia de mandato, a administração Trump buscará acelerar a implementação de políticas e medidas que afetarão diretamente setores como energia, com a continuidade do impulso ao uso de fontes energéticas tradicionais, e imigração, com a promessa de endurecimento nas políticas fronteiriças. Tais movimentos, no entanto, têm gerado controvérsias entre seus opositores, que veem as ações como prejudiciais para a imagem internacional dos EUA e para a coesão interna da nação.

Detalhes importantes sobre a cerimônia e o segundo mandato

A posse de Trump ocorrerá às 14h (horário de Brasília), e o evento será transmitido ao vivo para todo o mundo. A escolha do local dentro do Congresso, em vez do tradicional Capitólio, se deve ao frio rigoroso que se abateu sobre Washington, DC, afetando as condições para realizar a cerimônia ao ar livre. Com a previsão de temperaturas negativas, a decisão de realizar a cerimônia no interior do Congresso visa garantir a segurança e o conforto dos participantes.

Além disso, o segundo mandato de Trump será analisado de perto, não só pela mídia, mas também por líderes políticos e empresários, que aguardam ansiosamente as primeiras medidas do novo governo. Para muitos, o primeiro dia será um termômetro do estilo de liderança que o presidente continuará a adotar.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.