O relatório mensal de empregos payroll dos EUA, que será divulgado na sexta-feira |(4), deve ser o destaque da agenda econômica desta semana, à medida que os investidores buscam pistas sobre o timing do primeiro corte de juros do Fed.

Os mercados estão precificando que o banco central americano iniciará o ciclo de afrouxamento monetário em junho, reduzindo os juros em relação às máximas de 20 anos. Porém, a robustez do mercado de trabalho deve dificultar o cenário de uma redução antecipada das taxas, na medida em que poderia reaquecer a inflação.

A expectativa é que a economia americana tenha gerado 190 mil vagas de trabalho em fevereiro, depois de surpreender com a criação de 353 mil postos em janeiro, o maior número em 12 meses. A taxa de desemprego deve se manter em 3,7%, enquanto o ritmo de aumento dos salários deve ser moderado.

No front dos lucros, uma leva menor de balanços corporativos trará os resultados de grandes varejistas como Target (NYSE:TGT), Costco (NASDAQ:COST) e Kroger (NYSE:KR). Os números podem dar mais clareza sobre o comportamento dos consumidores americanos, que têm sido afetados pela inflação alta e pelos juros elevados.

Os futuros das ações dos EUA operavam em queda na segunda-feira, 4, indicando uma pausa na recuperação do mercado acionário, antes de mais sinais sobre a política monetária do Federal Reserve e novidades na corrida presidencial americana.

Às 7h52 (de Brasília), o contrato Dow futuros recuava 0,07%, o S&P 500 futuros perdia 0,10%, e o Nasdaq 100 futuros cedia 0,19%.

As principais bolsas americanas fecharam a semana passada em alta, após dados econômicos fracos e declarações de autoridades do Federal Reserve reforçarem as expectativas de um corte de juros pelo banco central ainda neste ano. Um índice da atividade industrial nos EUA permaneceu em nível de contração pelo 16º mês seguido, enquanto os índices de confiança dos consumidores da Universidade de Michigan recuaram mais do que o esperado.

Em outra frente, o diretor do Fed, Christopher Waller, afirmou que o tamanho do balanço do banco não afetou sua luta contínua para conter a inflação, alimentando as projeções de uma possível redução futura da taxa.