Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, os pedidos de seguro-desemprego nos EUA alcançaram 231 mil na semana encerrada em 11 de novembro, superando a expectativa do mercado, que previa 220 mil novas solicitações.

Na semana anterior, os números foram revisados para cima, passando de 217 mil para 218 mil pedidos iniciais. O aumento de 13 mil na semana mais recente sugere uma desaceleração nas condições do mercado de trabalho, o que, por sua vez, pode impactar os esforços do Federal Reserve no combate à inflação.

O mercado de trabalho parece estar esfriando à medida que as taxas de juros mais altas, variando entre 5,25% e 5,5% ao ano, diminuem a demanda. Em outubro, a taxa de desemprego subiu levemente de 3,8% para 3,9%, surpreendendo as projeções de estabilidade, conforme indicado pelo relatório oficial do mercado de trabalho norte-americano, o payroll.

No último mês, os Estados Unidos registraram a criação de 150 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola, marcando uma desaceleração em comparação ao mês anterior, quando foram surpreendidos com a cifra inicial de 336 mil novas vagas, posteriormente revisada para 297 mil.

Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, destaca a possibilidade de um aumento nas taxas de juros se a economia não desacelerar. Para atender às metas do Federal Reserve, mantendo a inflação em 2% ao ano, o crescimento econômico deve permanecer abaixo do potencial, abaixo de 2% por um período considerável.

À medida que a inflação desacelera, os dados de atividade ganham relevância na decisão de política monetária, especialmente vinculados ao mercado de trabalho e ao consumo das famílias. A continuidade desse cenário nos próximos meses dependerá, em grande parte, de um crescimento econômico mais fraco.

Equipe MI

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