O Bureau of Labor Statistics divulgou nesta quarta-feira (13) que a taxa de inflação anual nos EUA aumentou 0,5 ponto percentual, passando de 3,2% em julho para 3,7% em agosto. Além disso, a inflação mensal no país subiu para 0,6%. 

No mês de agosto, o aumento nos preços da gasolina foi o principal responsável por esse aumento, contribuindo com mais de 50% para a elevação geral da inflação. Isso marca uma mudança significativa, já que nos últimos cinco anos, a inflação atingiu seu ponto mais baixo em maio de 2021, registrando apenas 0,1%. A meta do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) é trazer essa taxa para 2%.

As taxas de juros nos Estados Unidos atingiram o seu nível mais alto desde 2001. O último ajuste, anunciado pelo Federal Reserve em 26 de julho, resultou em um aumento de 0,25 ponto percentual, levando as taxas de 5% a 5,25% para 5,25% a 5,50% ao ano.

O presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, afirmou em agosto que a instituição está pronta para elevar ainda mais as taxas nas próximas reuniões, caso seja necessário. O assunto será abordado durante as reuniões agendadas para 19 e 20 de setembro.

CPI puxa a alta na inflação anual nos EUA

O CPI (Índice de Preços ao Consumidor) nos Estados Unidos registrou um aumento de 0,6% em agosto, seguindo os aumentos de 0,2% tanto em junho quanto em julho, conforme revelam os dados ajustados sazonalmente divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA. 

Esses números estão alinhados com as expectativas dos analistas, que previam um aumento de 0,6% na leitura mensal e uma inflação de 3,6% ao longo de 12 meses. 

O núcleo da inflação, que exclui as variações de alimentos e energia, aumentou 0,3% no mês e 4,3% nos últimos 12 meses até agosto. Isso representa uma ligeira redução em relação à taxa de 4,7% registrada em julho, mas ainda ligeiramente acima das projeções, que previam um aumento mensal de 0,2% e uma taxa anual de 4,3%.

No âmbito mensal, os preços da habitação (shelter) subiram 0,3%, marcando o 40º mês consecutivo de aumento. O índice de energia também teve um aumento notável de 5,6% em agosto, com todos os principais componentes contribuindo para esse aumento.

Por sua vez, o índice de alimentos teve um aumento de 0,2%, na mesma proporção observada em julho. A categoria de alimentação em casa aumentou 0,2% no mês, enquanto o índice de alimentação fora de casa registrou um aumento de 0,3%.

Ao longo de 12 meses, os preços dos alimentos aumentaram 4,3%, enquanto o índice de energia teve uma queda de 3,6% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Já os custos relacionados à habitação apresentaram um aumento significativo de 7,6% durante o mesmo período.