O Google enfrentou um momento conturbado esta semana, quando anunciou a demissão de 28 funcionários envolvidos em protestos contra um acordo com o governo israelense. Os protestos, liderados pela organização No Tech for Apartheid, ocorreram em escritórios do Google em diversas cidades dos Estados Unidos. 

A organização se opõe ao fornecimento de tecnologia da Google e da Amazon ao exército israelense, em acordo firmado em 2021. Conforme o divulgado pela Folha de São Paulo, os manifestantes realizaram protestos em escritórios do Google em Nova York, Seattle e Sunnyvale, na Califórnia. A ocupação dos escritórios ocorrida na última terça-feira (16) durou cerca de 10 horas, e resultou na prisão de nove manifestantes. 

Funcionários do Google que conduziram protestos em 2018, dizem ter sofrido retaliações da empresa, durante manifestações contra a postura do Google diante de alegações de agressão sexual.

Em justificativa, o Google afirmou que as ações dos manifestantes violavam claramente as políticas da empresa, que proíbem bloqueios de acesso às instalações e interrupção do trabalho dos funcionários. A gigante da tecnologia reiterou que tomará medidas necessárias.

Segundo John Logan, professor de direito do trabalho na San Francisco State University , as empresas de tecnologia, apesar de representarem “culturas de trabalho mais igualitárias e cosmopolitas”, têm respondido de forma bastante “draconiana” ao ativismo trabalhista entre seus próprios funcionários.

Lucas Machado

Redator do Melhor Investimento e psicólogo de formação, com mais de dois anos de experiência em redação de artigos relacionados aos mais variados assuntos e campos do saber.