Volta da privatização da economia nos EUA? Saiba o que está acontecendo
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou que o país vai retomar a privatização da economia e cortar gastos públicos para enfrentar a crise de custo de vida.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, declarou hoje, segunda-feira (24) que o governo norte-americano está promovendo um retorno à privatização da economia. A iniciativa visa reduzir os gastos públicos, cortar o número de funcionários no setor público e criar um ambiente mais favorável ao setor privado. Segundo ele, essas medidas são indispensaveis para enfrentar a atual crise de custo de vida no país.
Bessent afirmou que o fortalecimento da iniciativa privada será crucial para a recuperação econômica dos Estados Unidos, permitindo controlar a inflação e reequilibrar o sistema financeiro. A expectativa é de que esse movimento também favoreça a queda das taxas de juros no médio prazo.
O retorno da privatização dos EUA
Em reunião de gabinete, o secretário do Tesouro reforçou o compromisso do governo com a privatização da economia dos EUA. Entre as ações previstas, estão o corte de gastos públicos e a redução de cargos no setor governamental.
“Vamos cortar os gastos públicos e reduzir o excesso de empregos no governo. Esses trabalhadores poderão ser absorvidos pelo setor privado”, declarou Bessent.
De acordo com o secretário, o objetivo é transferir parte das responsabilidades econômicas para o setor privado, promovendo o crescimento das indústrias e a criação de novos postos de trabalho. Essa reestruturação deve impulsionar a produtividade e gerar um ambiente mais competitivo no país.
O plano prevê ainda a realocação de profissionais do setor público para empresas privadas, aumentando a mão de obra disponível na indústria e nos serviços. Bessent acredita que essa movimentação será essencial para reduzir o peso do Estado na economia e fortalecer o setor produtivo.
Redução de juros e controle inflação
Outro ponto destacado por Scott Bessent é a necessidade de conter a inflação, que ainda preocupa o governo e a população americana. Com menos gastos públicos e maior participação da iniciativa privada, o governo espera melhorar o equilíbrio fiscal e aumentar a confiança dos investidores no mercado americano.
O secretário afirmou que esse cenário abrirá caminho para o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, realizar cortes nas taxas de juros. A queda dos juros é vista como um fator essencial para aliviar o peso da crise de custo de vida, especialmente sobre as famílias de baixa e média renda.
Além disso, o fortalecimento da indústria nacional deve gerar mais empregos e aumentar a renda dos americanos, criando um círculo virtuoso de crescimento econômico sustentável.
Fed novamente pressionado por cortes
Na mesma reunião de gabinete, o ex-presidente Donald Trump reforçou o apelo para que o Federal Reserve reduza as taxas de juros o quanto antes. Segundo a Bloomberg, Trump avalia que o alívio monetário é necessário para acelerar a recuperação da economia dos Estados Unidos.
A pressão sobre o Fed ocorre em meio a um cenário de inflação persistente e dificuldades enfrentadas pelas famílias americanas, que lidam com altos custos de vida e juros elevados, principalmente no crédito e no financiamento imobiliário.
Trump e aliados acreditam que a redução dos juros, aliada ao plano de privatizações e cortes de gastos, pode ser a chave para retomar o crescimento e melhorar a qualidade de vida da população.