A PRIO (PRIO3) divulgou seus dados operacionais de setembro de 2024, revelando uma queda na produção diária, mas um aumento significativo nas vendas mensais. A companhia, que se destaca no setor de petróleo e gás, explicou que falhas em campos específicos foram responsáveis por essa diminuição na produção. Neste artigo, analisaremos os números apresentados, os fatores que impactaram a operação e as perspectivas futuras para a PRIO.

Os dados de produção da PRIO mostram que, no terceiro trimestre de 2024, a empresa registrou uma média de 70.273 boedp (barris de óleo equivalentes por dia), uma queda expressiva em relação aos 89.886 boedp do trimestre anterior. Em setembro, a produção diária foi de 71.476 boedp, ligeiramente inferior aos 71.716 boedp reportados em agosto.

Essa diminuição na produção reflete uma série de desafios operacionais enfrentados pela PRIO, especialmente no campo de Frade, que é um dos principais ativos da empresa. A companhia destacou que as falhas em equipamentos e a necessidade de manutenções programadas contribuíram para os resultados abaixo do esperado.

Apesar da queda na produção, as vendas de óleo da PRIO apresentaram um desempenho positivo em setembro, especialmente devido à recuperação das operações no campo de Frade. No mês, a empresa vendeu 3.721.446 barris, em comparação com os 954.840 barris de agosto, quando a produção do campo estava suspensa.

No entanto, a comparação trimestral revela um cenário diferente. As vendas totalizaram 6.520.221 barris no terceiro trimestre de 2024, uma redução significativa em relação aos 8.550.157 barris vendidos no segundo trimestre. Essa discrepância ressalta a necessidade de melhorias nas operações para garantir uma recuperação sustentada nas vendas nos próximos meses.

A PRIO atribuiu a queda na produção a diversos fatores que afetaram a operação em setembro:

1. Campo de Frade: A produção foi interrompida para manutenção na linha de offtake, com a retomada das atividades ocorrendo em 5 de setembro. Essa parada impactou diretamente a capacidade da empresa de atender à demanda.

2. Cluster Polvo e Tubarão Martelo: A produção também foi afetada por paradas de poços devido a falhas em bombas centrífugas submersas. Um dos poços voltou à produção em 25 de setembro, mas outros ainda aguardam autorização do IBAMA para os reparos necessários.

3. Albacora Leste: A produção neste campo foi impactada por uma falha no compressor de gás, cujo reparo foi concluído em 15 de setembro. Esses problemas destacam os desafios contínuos enfrentados pela PRIO na manutenção de sua infraestrutura.

Com a recuperação parcial das operações em setembro e a melhoria nas vendas, a PRIO demonstra potencial para retomar um crescimento sustentável. No entanto, a empresa precisa focar na mitigação dos riscos operacionais e na realização de manutenções programadas para evitar interrupções futuras.