Petrobras anuncia fim da paridade internacional na política de preços; entenda
A Petrobras divulgou hoje (16), sua nova política de preços para gasolina e diesel, pondo fim ao modelo anterior de paridade internacional, que estava vinculado ao dólar e ao mercado global de petróleo.
O anúncio da empresa já havia sido previsto na semana passada pelo presidente da estatal, Jean-Paul Prates, que deu indicações sobre o novo modelo que seria adotado. No entanto, a oficialização ocorreu apenas hoje com a publicação de um comunicado relevante para o mercado.
De acordo com o comunicado, a regra em vigor desde 2016, que acompanhava as flutuações do mercado internacional sem qualquer intervenção, deixará de ser aplicada. O novo modelo de preços levará em consideração o “custo alternativo do cliente” e o “valor marginal para a Petrobras”.
“O custo alternativo do cliente engloba as principais opções de fornecimento, tanto de produtos similares quanto de produtos substitutos. Já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade considerando várias opções para a empresa, incluindo produção, importação e exportação do produto em questão e/ou dos petróleos utilizados no refino”, explica a Petrobras.
No entanto, não está claro qual será o peso de cada um desses fatores na determinação do preço final da gasolina e do diesel. A estatal afirma que os ajustes continuarão a ser feitos sem prazos definidos, mas que não repassará mais a volatilidade do mercado internacional aos consumidores brasileiros.
“Os reajustes continuarão a ser feitos sem periodicidade definida, evitando repassar para os preços internos a volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, afirma o comunicado da empresa.
Segundo a Petrobras, o novo modelo permite realizar ajustes considerando fatores internos e regionais. A intenção é alinhar os preços praticados por polo de venda.
“Com essa mudança, a Petrobras terá mais flexibilidade para praticar preços competitivos, aproveitando suas melhores condições de produção, logística e disputando o mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”, destaca o comunicado.
“Continuaremos a seguir as referências de mercado, sem abrir mão das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e uma estrutura abrangente de distribuição e transporte em todo o país”, ressalta o presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, em nota.