Petrobras detalha remuneração aos acionistas de R$ 12,16 bilhões com pagamentos previstos para 2026

A remuneração aos acionistas da Petrobras referente ao exercício de 2025 já tem valores e datas definidos. A companhia informou ao mercado que distribuirá R$ 12,16 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), montante equivalente a R$ 0,94320755 por ação ordinária e preferencial. Os pagamentos ocorrerão ao longo de 2026 e foram aprovados […]

imagem do autor
11 de dez, 2025 às 16:00
Fachada do edifício com o logo da Petrobras em destaque, apresentando uma estrutura moderna em concreto e vidro, localizado em uma área urbana. Foto: Reprodução

A remuneração aos acionistas da Petrobras referente ao exercício de 2025 já tem valores e datas definidos. A companhia informou ao mercado que distribuirá R$ 12,16 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), montante equivalente a R$ 0,94320755 por ação ordinária e preferencial. Os pagamentos ocorrerão ao longo de 2026 e foram aprovados pelo Conselho de Administração após deliberação da Diretoria Executiva realizada em 10 de dezembro de 2025. A decisão reflete a estratégia da estatal de manter previsibilidade na distribuição de proventos, ao mesmo tempo em que preserva seu fluxo de caixa e fortalece sua política de investimentos.

Leia também:

A Petrobras comunicou que o total de R$ 12,16 bilhões corresponde ao montante destinado à distribuição obrigatória e complementar sobre o lucro de 2025. Esse valor resulta em R$ 0,94320755 por ação, tanto para papéis ordinários (PETR3) quanto preferenciais (PETR4). A definição desse valor considera não apenas o desempenho financeiro da estatal ao longo do ano, mas também o volume de ações em circulação e a política interna de remuneração.

Para ampliar a compreensão do investidor, a Petrobras ressaltou que os cálculos foram feitos com base nas regras vigentes de distribuição de proventos e, posteriormente, os valores serão reajustados pela variação da taxa Selic desde 31 de dezembro de 2025 até as datas efetivas de pagamento. Esse mecanismo garante que os acionistas mantenham o poder de compra dos valores a receber, acompanhando a remuneração básica da economia.

Cronograma: pagamentos em fevereiro e março de 2026

O cronograma divulgado estabelece duas datas principais de pagamento, ambas em 2026. A primeira parcela será paga em 20 de fevereiro e a segunda em 20 de março, ambas com atualização monetária.

Primeira parcela — 20/02/2026

  • R$ 0,47160378 por ação, pagos integralmente sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP).
  • Como o JCP é tributado na fonte, o investidor receberá o valor líquido após retenção de Imposto de Renda.
  • Essa modalidade permite à Petrobras registrar o pagamento como despesa financeira, resultando em benefício fiscal à companhia.

Segunda parcela — 20/03/2026

  • R$ 0,47160377 por ação, divididos em:
    • R$ 0,17518233 em JCP, sujeito a IR na fonte;
    • R$ 0,29642144 em dividendos, isentos para o acionista pessoa física.

Essa segunda etapa combina as duas formas de remuneração, equilibrando retorno ao acionista e vantagem tributária para a companhia.

Benefício fiscal e estratégia por trás do uso de JCP

A Petrobras reforçou que a utilização do Juros sobre Capital Próprio é uma prática comum entre companhias de grande porte no Brasil, pois reduz a base de cálculo do Imposto de Renda corporativo. Diferentemente dos dividendos, que não oferecem esse tipo de economia, o JCP é contabilizado como despesa financeira.

Com isso, a estatal consegue equilibrar retorno ao investidor, eficiência fiscal e sustentação financeira de seus projetos estratégicos. Em um cenário de preços voláteis do petróleo e investimentos bilionários previstos no Plano Estratégico, essa combinação se torna relevante para preservar o caixa da companhia.

Atualização pela Selic até a data de pagamento

Todos os valores anunciados serão corrigidos pela taxa Selic a partir de 31 de dezembro de 2025. Essa atualização é fundamental para preservar o valor real da remuneração, considerando que o calendário de distribuição se estende por quase três meses após o período-base.

Esse ajuste torna a remuneração mais atrativa, especialmente em períodos de taxa Selic elevada. Além disso, reforça o compromisso da estatal com a manutenção da competitividade dos proventos mesmo em cenários de inflação ou juros altos.

Processo de aprovação e instâncias responsáveis

Os valores anunciados ainda serão submetidos à Assembleia Geral Ordinária (AGO) de 2026, responsável por aprovar formalmente a remuneração referente ao exercício de 2025. A apresentação da proposta é etapa padrão na governança corporativa da Petrobras.

A companhia destacou que a proposta segue as regras da sua política de remuneração aos acionistas, atualizada para permitir maior previsibilidade e alinhamento com a geração de caixa e com os compromissos de investimento.

Achou este conteúdo útil? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: 

Instagram | Linkedin