Patrimônio de esposa de Alexandre de Moraes cresce 232% em um ano

Evolução patrimonial ocorre entre 2023 e 2024 e é citada por colunista de jornal

imagem do autor
22 de dez, 2025 às 13:30
Viviane e Alexandre de Moraes em evento formal, posando para foto institucional, em contexto onde patrimônio de Viviane Barci de Moraes cresce. Imagem: Antonio Augusto/TSE

O patrimônio de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, cresceu 232% entre 2023 e 2024, segundo informação publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

De acordo com a coluna, o valor declarado passou de R$ 24 milhões para R$ 79,7 milhões no período. Viviane atua como advogada e é ligada a escritórios jurídicos controlados pela família.

A informação foi divulgada neste mês e se baseia em dados patrimoniais associados às atividades empresariais da advogada. O crescimento ocorre em um contexto de atenção pública sobre o ministro e seus familiares, especialmente após sanções aplicadas e posteriormente retiradas pelo governo dos Estados Unidos.

Viviane Barci de Moraes é apontada como responsável por escritórios de advocacia ligados à família. Segundo o colunista, em 22 de setembro, ela registrou um novo escritório em Brasília, chamado Barci e Barci.

O registro ocorreu no mesmo dia em que o Lex Instituto de Estudos Jurídicos foi incluído em sanções impostas pelos Estados Unidos com base na Lei Global Magnitsky.

Empresas e bens citados

De acordo com as informações publicadas, o Lex Instituto de Estudos Jurídicos é comandado por Viviane Barci de Moraes e seus filhos.

A empresa detém dez imóveis, o que contribui para a composição do patrimônio familiar. O colunista não detalha individualmente a origem de cada bem, mas destaca a expansão das atividades empresariais ligadas à advocacia.

As informações divulgadas não apontam irregularidades comprovadas na evolução patrimonial, limitando-se a relatar os valores e a cronologia dos fatos associados às empresas da família.

Retirada das sanções dos Estados Unidos

Em 12 de dezembro, o ministro Alexandre de Moraes foi retirado da lista de sancionados pela Lei Global Magnitsky, mantida pelo governo dos Estados Unidos.

A decisão também revogou as sanções aplicadas à advogada Viviane Barci de Moraes e ao Lex Instituto de Estudos Jurídicos LTDA, que constavam como alvos associados no pacote de medidas.

Enquanto estiveram em vigor, as sanções impediam a realização de operações financeiras em dólar, a manutenção de bens em território americano e relações comerciais com empresas sediadas nos Estados Unidos, além de restringir a entrada no país.

Contexto legal e econômico

A Lei Global Magnitsky é um instrumento usado pelo governo americano para impor sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos ou envolvimento em corrupção. A retirada das sanções restabelece o acesso ao sistema financeiro internacional e reduz restrições comerciais.

Do ponto de vista econômico, especialistas avaliam que a liberação de sanções tende a facilitar operações empresariais e financeiras, especialmente para empresas com ativos imobiliários e atuação internacional. No caso, a revogação elimina barreiras que poderiam impactar negócios ligados à família do ministro.

Até o momento, nem o STF nem os envolvidos comentaram oficialmente os números divulgados sobre a evolução patrimonial.

Este conteúdo foi útil? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: 

Instagram | LinkedIn

Carolina Gandra

Jornalista do portal Melhor Investimento, especializada em criptomoedas, ações, tecnologia, mercado internacional e tendências financeiras. Transforma temas complexos como blockchain, inteligência artificial e estratégias de mercado em conteúdos acessíveis e envolventes. Com análises atuais e visão estratégica, ajuda leitores a decifrar o futuro dos investimentos e identificar oportunidades no mercado financeiro.