Orbán e Trump discutem possibilidades de paz na Ucrânia em encontro em Mar-a-Lago
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, se reuniu com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida, no dia 12 de julho, para discutir as possibilidades de paz na Ucrânia. Este encontro acontece em um momento crítico, enquanto Orbán pressiona por um cessar-fogo na região e busca se posicionar como um mediador nas […]

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, se reuniu com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida, no dia 12 de julho, para discutir as possibilidades de paz na Ucrânia. Este encontro acontece em um momento crítico, enquanto Orbán pressiona por um cessar-fogo na região e busca se posicionar como um mediador nas tensões entre Kiev e Moscou.
Encontro e temas principais
A reunião entre Orbán e Trump teve como foco central as possibilidades de resolução do conflito ucraniano. Orbán, que se autodenomina um pacificador, vê a necessidade de um cessar-fogo imediato, uma posição que está alinhada com suas visitas recentes a Kiev, Moscou e Pequim. Durante o encontro, o porta-voz de Orbán afirmou que esta conversa é um passo importante na sua autodenominada “missão de paz”, evidenciando a urgência em buscar soluções diplomáticas.
Declarações de Trump
Trump, em sua plataforma de mídia social, reforçou a importância de se alcançar a paz rapidamente, afirmando que “muitas pessoas morreram em uma guerra que nunca deveria ter começado”. Embora não tenha entrado em detalhes sobre os pontos discutidos, sua declaração demonstra uma clara preocupação com a escalada do conflito e a busca por uma resolução pacífica.
Contexto da missão de paz de Orbán
Orbán tem intensificado seus esforços diplomáticos, realizando visitas a líderes de diversos países como parte de sua missão de paz. Sua recente viagem a Moscou, que incluiu uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, gerou reações negativas entre os aliados da Otan, que enxergaram a ação como uma forma de legitimar o regime russo em um momento de crescente isolamento internacional.
Reações ucranianas e ocidentais
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, reagiu com desconfiança à iniciativa de Orbán, afirmando que “nem todos os líderes podem fazer negociações” sem o poder necessário para tal. Zelenskiy enfatizou que a busca por um acordo deve ser inclusiva e envolver diretamente a Ucrânia, descartando a possibilidade de Orbán atuar como mediador sem um respaldo sólido.
Resposta da Casa Branca
A administração Biden também manifestou preocupação com as tentativas de Orbán de intermediar conversações de paz. O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, afirmou que “qualquer iniciativa aventureira” que não tenha o consentimento da Ucrânia não está alinhada com a política externa dos Estados Unidos. Esta declaração ressalta a posição firme da administração em apoiar a soberania e integridade territorial da Ucrânia.
Impacto na União Europeia
A missão de paz de Orbán também gerou descontentamento entre os membros da União Europeia, especialmente porque a Hungria assumiu a presidência rotativa do bloco neste mês. As ações de Orbán têm levantado preocupações sobre a unidade da UE em relação à crise ucraniana e sobre a eficácia da Hungria em representar os interesses da comunidade europeia.
Expectativas sobre Trump
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, declarou que um segundo mandato de Trump poderia aumentar as esperanças de paz na Ucrânia. Ele enfatizou a importância de fomentar conversações diretas entre Rússia e Ucrânia, reforçando a crença de Orbán de que um diálogo aberto é essencial para o término do conflito.
Szijjarto destacou que a aproximação entre Trump e Orbán poderia trazer um novo impulso às negociações, considerando a influência significativa que o ex-presidente ainda exerce na política americana.