A NFL vende ativos de mídia à Disney em uma negociação histórica que promete transformar a transmissão dos principais eventos da liga nos Estados Unidos. O acordo bilionário, que envolve a transferência de canais como RedZone e NFL Network para a ESPN, faz parte de uma estratégia da liga para se concentrar em sua propriedade intelectual, ao mesmo tempo em que obtém uma participação acionária significativa na rede esportiva da Disney.

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Acordo bilionário entre NFL e ESPN/Disney

Após quatro anos de negociações, a NFL e a ESPN, pertencente à Disney, fecharam um acordo que transferirá grande parte dos principais ativos de mídia da liga para a rede esportiva. O negócio, avaliado em bilhões de dólares, deve ser anunciado oficialmente na próxima semana, alinhado à divulgação dos resultados financeiros da Disney.

Esse acordo permitirá que a ESPN tenha acesso ao canal RedZone, que oferece aos fãs a oportunidade de acompanhar ao vivo todas as chances de pontuação durante os jogos de domingo, à NFL Network, e a sete jogos adicionais da temporada regular da NFL. Além disso, o negócio envolve o controle do fantasy football da liga e a possibilidade de integrar recursos especiais, como apostas esportivas.

Estratégia da NFL: foco na propriedade intelectual

Ao vender esses ativos, a NFL busca se desvincular do negócio de produção televisiva para concentrar seus esforços em sua propriedade intelectual — os jogos e o conteúdo da liga. Em troca, a NFL receberá uma participação significativa na ESPN, fortalecendo sua relação com um dos maiores parceiros de mídia do esporte mundial.

Esse movimento estratégico também visa posicionar a NFL em uma posição de maior influência dentro da rede, que deverá investir na melhoria da programação da NFL Network, que nos últimos anos enfrentou cortes e dificuldades para competir com a ESPN.

Novo serviço direto ao consumidor da ESPN

A parceria acontece no momento em que a ESPN lança seu serviço de streaming direto ao consumidor, com assinatura mensal de US$ 29,99. Esse serviço permitirá que os assinantes acessem toda a programação da ESPN, incluindo jogos ao vivo, sem precisar de provedores tradicionais de TV por assinatura.

Essa iniciativa é uma resposta ao fenômeno conhecido como “cabo cortado”, que tem provocado a queda no número de assinantes da TV paga, especialmente entre o público jovem, que prefere consumir conteúdo em plataformas digitais.

Impactos e aprovação regulatória

O acordo ainda depende da aprovação dos órgãos reguladores, processo que pode durar de nove meses a um ano para ser concluído. Caso o negócio seja implementado para a próxima temporada da NFL, a ESPN transmitirá seu primeiro Super Bowl na temporada 2026-27, evento que também será exibido pela ABC, emissora do grupo Disney.

Esse momento marcará um passo importante na relação entre a NFL e a Disney, ampliando a presença da liga nas principais plataformas de mídia esportiva.

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Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.