Elon Musk tentou recrutar Mark Zuckerberg para financiar sua oferta hostil de compra da OpenAI, empresa responsável pelo desenvolvimento do ChatGPT. Segundo documentos judiciais recentes, a iniciativa de Musk não avançou, e o conselho da OpenAI rejeitou formalmente a proposta de US$ 97,4 bilhões em fevereiro deste ano. Nem Zuckerberg nem a Meta participaram da oferta, reforçando a decisão da startup de manter sua independência.

Tentativa de financiamento e rejeição da oferta

De acordo com o processo judicial movido pela OpenAI, Musk identificou Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, como um possível parceiro para viabilizar a compra da empresa de inteligência artificial. A proposta era considerada hostil, ou seja, feita sem negociação prévia com o conselho da OpenAI.

Apesar da iniciativa, nenhuma carta de intenções foi assinada, e a Meta não se envolveu na transação. O conselho da OpenAI decidiu rejeitar a oferta formalmente em fevereiro, mantendo a empresa alinhada aos seus princípios e evitando qualquer influência externa que pudesse comprometer sua missão.

Essa tentativa de Musk evidencia seu interesse contínuo em expandir sua atuação no setor de inteligência artificial, mas também mostra os limites enfrentados por bilionários mesmo diante de grandes investimentos.

Histórico de Musk e sua relação com a OpenAI

Elon Musk foi um dos cofundadores da OpenAI, junto de Sam Altman, há cerca de uma década. Entretanto, ele acabou criando uma startup concorrente, a xAI, enquanto continuou envolvido em outras empresas, como a Tesla e o X.

Além da tentativa de compra, Musk vem travando disputas judiciais contra a OpenAI. Ele moveu dois processos contra a startup alegando que a empresa estaria se afastando de seus princípios fundadores e pediu a um tribunal que bloqueasse esforços de reestruturação da companhia, transformando-a em uma entidade com fins lucrativos.

Essas ações reforçam a tensão entre Musk e Altman, que agora lidera a OpenAI com foco em desenvolvimento tecnológico e expansão do ChatGPT, em parceria com grandes empresas como a Microsoft.

Implicações jurídicas da tentativa de aquisição

O processo revela que os esforços de Musk para envolver um concorrente da OpenAI podem impactar suas reivindicações legais. A startup argumenta que a tentativa de incluir Zuckerberg e a Meta como financiadores da oferta hostil contradiz as alegações de Musk de que Altman teria traído a missão filantrópica da OpenAI ao firmar parcerias estratégicas.

O juiz responsável pelo caso já afirmou que “esforços de Musk para incorporar a OpenAI à Tesla ou convertê-la em empresa com fins lucrativos são relevantes porque podem ser inconsistentes” com suas alegações contra Altman.

A disputa judicial continua a gerar atenção do mercado, pois envolve algumas das maiores figuras do setor de tecnologia e inteligência artificial do mundo.

Pedido de documentos à Meta

Em meio ao processo, a OpenAI solicitou ao tribunal que a Meta entregasse qualquer documentação relacionada a comunicações com Musk sobre a oferta. A empresa de tecnologia, porém, se defendeu, afirmando que não participou da proposta de aquisição e que qualquer comunicação relevante deveria ser solicitada diretamente às entidades que participaram da oferta.

A Meta reforçou que não há evidências de coordenação com Musk e que não houve tentativa de comprar a OpenAI por parte da companhia. A posição da Meta reforça a independência da empresa no caso e limita o alcance da investigação judicial.

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