Ocupação do MST em fazendas da Embrapa em Pernambuco eleva tensões
No início da noite deste domingo (14), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou a mais uma ocupação de uma fazenda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Petrolina, Pernambuco. A ação foi declarada pelo próprio movimento. Além disso, outras duas áreas também foram ocupadas pelo movimento. O MST está retornando às […]
Saiba como o MST reocupou fazendas da Embrapa em Pernambuco. Conheça as reivindicações e as ações do movimento. Fique por dentro das últimas notícias!
No início da noite deste domingo (14), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou a mais uma ocupação de uma fazenda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Petrolina, Pernambuco. A ação foi declarada pelo próprio movimento. Além disso, outras duas áreas também foram ocupadas pelo movimento. O MST está retornando às terras que já invadiram duas vezes no ano anterior. O movimento apontou a falta de cumprimento das promessas de assentamento feitas pelo governo federal após as ocupações anteriores. Consideraram isso como o motivo principal para a nova investida.
Detalhes da ocupação do MST na Embrapa
A ação ocorre em meio à Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, conhecida como abril vermelho. Essa jornada homenageia os mortos no massacre de Eldorado dos Carajás. O movimento intensifica suas reivindicações durante esse período, utilizando-o como plataforma para pressionar o governo a cumprir suas demandas relacionadas à reforma agrária.
O MST alega que o governo federal não honrou o compromisso de assentar mais de 1,3 mil famílias acampadas na região. Essa falta de cumprimento ocorreu mesmo após as promessas feitas durante as ocupações anteriores. Diante desse descumprimento, o movimento decidiu retomar suas ações de pressão, visando garantir o acesso à terra para as famílias sem-terra.
A ocupação ocorre em um momento estratégico. Isso acontece às vésperas do lançamento pelo governo federal do Programa Terra para Gente, que tem como objetivo acelerar os assentamentos de famílias no país. Essa iniciativa é uma resposta às crescentes demandas por reforma agrária e busca conter a onda de invasões prevista para este mês.
Resposta da Embrapa e posicionamento institucional:
Em resposta à ocupação, a Embrapa reafirmou seu compromisso histórico com a agricultura familiar e com a produção sustentável de alimentos. A instituição destacou que está aberta ao diálogo e adotando as medidas necessárias para resolver a situação de forma pacífica.
A Embrapa ressaltou a importância das áreas ocupadas para suas atividades de pesquisa agrícola. Ela enfatizou a realização de experimentos e a geração de tecnologias voltadas para a melhoria da qualidade de vida das populações rurais. No entanto, a instituição demonstrou disposição para encontrar soluções que atendam aos interesses do MST e promovam o desenvolvimento sustentável da região.
Em meio a essa tensão, a questão agrária no Brasil continua sendo um tema central de debate e mobilização social. Isso evidencia a urgência de políticas efetivas para garantir o acesso à terra e promover a justiça social no campo. Enquanto o impasse persiste, as famílias sem-terra permanecem na luta por seus direitos. Isso fortalece o movimento pela reforma agrária e pela construção de um país mais justo e igualitário.