O Ministério Público Federal (MPF) fez uma denúncia impactante contra 13 ex-executivos e ex-funcionários da Americanas (AMER3), alegando envolvimento em fraudes que somam cerca de R$ 25 bilhões. O ex-CEO da companhia, Miguel Gutierrez, é apontado como o principal responsável por manipulações financeiras que prejudicaram não apenas a empresa, mas também seus investidores, funcionários e consumidores. A denúncia foi formalizada na última segunda-feira, 31 de março de 2025, e marca um novo capítulo nas investigações que cercam a gigante do varejo.

A denúncia e os principais envolvidos

Em uma movimentação sem precedentes, o MPF denunciou 13 ex-executivos da Americanas, acusados de envolvimento em um esquema de fraude financeira de proporções colossais. O valor total das fraudes, conforme detalhado pelo MPF, é estimado em impressionantes R$ 25 bilhões. Entre os denunciados está Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, que atualmente se encontra na Espanha. De acordo com as investigações, Gutierrez teria sido o principal articulador das fraudes que envolviam manipulação de balanços financeiros da empresa.

A denúncia também inclui outros nomes de peso dentro da companhia, como Anna Saicali, ex-CEO da B2W, responsável pela área digital da Americanas, além de executivos de alto escalão, como os vice-presidentes Thimoteo Barros e Marcio Cruz. A lista de denunciados também abrange ex-diretores, incluindo Carlos Padilha, João Guerra, Murilo Corrêa, Maria Christina Nascimento, Fabien Picavet e Raoni Fabiano.

Manipulação dos balanços

A acusação principal que recai sobre os denunciados é a manipulação dos balanços financeiros da Americanas. Segundo os promotores, durante a gestão de Miguel Gutierrez, as fraudes ocorreram com total conhecimento da alta cúpula da empresa. O MPF alega que Gutierrez, em sua posição de liderança, sugeriu alterações nos números apresentados em documentos financeiros, o que mascarou a real saúde financeira da companhia.

Essas manipulações foram feitas com o intuito de enganar investidores, acionistas e o mercado em geral, o que possibilitou a manutenção de uma imagem de estabilidade financeira, quando, na realidade, a empresa estava enfrentando sérios problemas econômicos. Esse tipo de fraude é extremamente prejudicial, pois pode afetar diretamente a confiança dos investidores e impactar negativamente o mercado de ações.

O impacto nas finanças da Americanas

A fraude descoberta pelo MPF não é apenas um escândalo corporativo, mas uma tragédia para todos os envolvidos com a Americanas, desde seus colaboradores até os consumidores e acionistas. O valor estimado da fraude de R$ 25 bilhões revela o tamanho da manipulação financeira e seus efeitos prejudiciais no ecossistema da empresa. Os investimentos realizados por acionistas e investidores institucionais, muitos dos quais confiaram na solidez da companhia, foram diretamente afetados. A Americanas perdeu sua credibilidade no mercado, o que gerou uma crise profunda para a empresa e abalou sua posição no setor varejista.

Além disso, a fraude também teve um impacto nas finanças públicas, dado o volume de recursos movimentados por meio de operações fraudulentas. Esse tipo de prática ilícita mina a confiança no mercado financeiro e aumenta a desconfiança entre investidores e empresas, prejudicando o ambiente de negócios no Brasil.