A Meta está em negociações avançadas para adquirir a PlayAI, uma startup da Califórnia especializada em inteligência artificial com voz, como parte da estratégia de expansão da empresa liderada por Mark Zuckerberg no setor de IA. A operação ainda não foi oficializada, mas representa um movimento importante da gigante da tecnologia para se manter competitiva em um mercado dominado por empresas como Google e OpenAI.

Startup de IA com voz pode impulsionar assistente e dispositivos da Meta

O possível acordo entre Meta e PlayAI envolve tanto a incorporação da tecnologia quanto a contratação de parte dos talentos da startup, que tem sede em Palo Alto, nos Estados Unidos. Segundo fontes próximas ao processo, a Meta busca integrar os avanços da PlayAI ao seu assistente de inteligência artificial, além de explorar aplicações em dispositivos de comando por voz, como os óculos inteligentes — uma das grandes apostas de Zuckerberg nos últimos anos.

A PlayAI ganhou notoriedade no setor de tecnologia ao desenvolver soluções que prometem interações por voz com fluidez semelhante à de conversas humanas. Em uma publicação recente, a empresa afirmou que seu objetivo é tornar o diálogo entre humanos e IA tão natural quanto possível. Essa tecnologia pode ser decisiva para os planos da Meta de oferecer experiências mais imersivas em seus produtos baseados em IA.

Investimentos e contratações reforçam estratégia de IA da Meta

A possível aquisição da PlayAI é apenas mais um dos movimentos da Meta em 2025 para se posicionar como protagonista na corrida da inteligência artificial. Em junho, a companhia anunciou um investimento de US$ 14,3 bilhões na Scale AI, uma startup focada em rotulagem de dados. Além do aporte, o CEO da Scale AI foi convidado a integrar a recém-formada equipe de “superinteligência” da Meta, uma divisão que tem recebido atenção especial de Zuckerberg.

Nos últimos meses, a Meta também intensificou a contratação de especialistas em inteligência artificial. A empresa recrutou profissionais de renome vindos da OpenAI, Sesame AI e Google. Três desses nomes, inclusive, vieram diretamente do escritório da OpenAI em Zurique, reforçando o esforço da Meta em atrair os principais talentos do setor para sua equipe.

Esses movimentos mostram como a empresa vem se preparando para competir em pé de igualdade com outros gigantes da tecnologia. A formação da equipe de superinteligência é considerada um marco na reestruturação da Meta, que tem priorizado recursos mais avançados para melhorar o desempenho de seus produtos, como o Meta AI, seu assistente com IA generativa.

Meta também avaliou outras startups de IA antes da PlayAI

Antes de avançar nas negociações com a PlayAI, a Meta teria mantido conversas com outras empresas promissoras no segmento de inteligência artificial. Entre elas, está a Perplexity AI Inc., conhecida por seus sistemas de busca com IA, e a Runway AI Inc., uma startup voltada para criação de vídeos com tecnologia generativa. Apesar do interesse, essas tratativas não chegaram a um estágio formal.

Esse histórico de tentativas revela a agressividade com que a Meta tem buscado expandir seu portfólio de tecnologias baseadas em inteligência artificial. Para Zuckerberg, dominar essa área não é apenas uma questão de inovação, mas uma necessidade estratégica para o futuro da empresa.

Setor de IA com voz atrai gigantes da tecnologia global

O interesse da Meta por soluções de inteligência artificial com voz não é isolado. Outras empresas líderes do setor também estão investindo fortemente em tecnologias que tornem os assistentes digitais mais humanos. A OpenAI, por exemplo, vem aprimorando a capacidade vocal do ChatGPT com a inclusão de respostas faladas, enquanto o Google já oferece comandos por voz avançados em seus sistemas de IA generativa, como o Gemini.

A convergência entre voz e IA representa uma nova fase na evolução dos assistentes digitais. Soluções que oferecem conversas fluidas, respostas rápidas e entonações realistas tendem a se tornar o padrão do mercado nos próximos anos. A Meta, ao investir na PlayAI, busca garantir sua relevância e competitividade nesse cenário.