Os resultados da Marfrig (MRFG3) no primeiro trimestre de 2024 (1T24) mostraram uma reviravolta notável, impulsionada pela contribuição significativa da BRF (BRFS3) e pelo crescimento das operações tanto na América do Sul quanto na América do Norte.

No 1T24, a controladora registrou um lucro líquido de R$62,6 milhões, revertendo o prejuízo de R$634 milhões no mesmo período do ano anterior (1T23), conforme demonstrado pelo balanço divulgado pela empresa na última quarta-feira (15).

A BRF apresentou um lucro líquido de R$594 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo um prejuízo de R$1,024 bilhão do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) também registrou uma reação positiva, com um crescimento de 94,8%, totalizando R$2,7 bilhões nos primeiros três meses do ano. Dessa quantia, a BRF contribuiu com 80%, alcançando seu melhor desempenho no primeiro trimestre na história.

As operações de carne bovina da Marfrig na América do Sul e América do Norte representaram 56% da receita total da empresa no primeiro trimestre, enquanto os 44% restantes foram atribuídos à BRF, conforme destacado no balanço do 1T24 da Marfrig. Como resultado, a receita da Marfrig cresceu 3,8%, atingindo R$30,4 bilhões nos primeiros meses do ano.

A partir de agora, a Marfrig informou que irá excluir dos resultados consolidados gerenciais os dados relacionados às unidades vendidas para a Minerva (BEEF3), cuja aprovação ainda está pendente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Dessa forma, as operações da América do Sul serão contabilizadas apenas como operações continuadas.

Na América do Sul, de acordo com o balanço da Marfrig, houve melhorias significativas, especialmente devido ao aumento dos volumes e dos preços médios no mercado doméstico. A receita da empresa na região registrou um crescimento de 11%, atingindo R$3 bilhões, enquanto o volume avançou 13%, totalizando 165 mil toneladas.

A empresa expressa sua intenção de aumentar a participação dos produtos de valor agregado na receita total da companhia. No primeiro trimestre, conforme relatado pela empresa, esses produtos já representaram 39% do valor das vendas na América do Sul, destacando uma estratégia de diversificação e valorização do portfólio da empresa.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.