À medida que a Black Friday 2025 se aproxima, o mercado volta suas atenções para o desempenho das varejistas listadas na B3. Tradicionalmente um dos períodos mais importantes para o comércio, a data tende a servir como um indicador da confiança do consumidor e da retomada do consumo no país.

O evento, originado nos Estados Unidos como liquidação pós-Thanksgiving, se consolidou no Brasil como o maior momento promocional do varejo, superando até o Natal em vendas online. O começo oficial por aqui, está marcado para o dia 28 de novembro, última sexta-feira do mês, seguindo o calendário internacional.

Segundo o estudo Black Friday 2025, realizado pela consultoria Gauge em parceria com a W3haus, a semana oficial deve movimentar R$ 13,6 bilhões, o maior faturamento da história, representando um crescimento de 16,5% em relação a 2024.

Comércio eletrônico e projeções para 2025

O e-commerce brasileiro deve registrar R$ 13,34 bilhões em vendas, conforme projeção da Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce (ABIACOM), com um aumento de 14,7% sobre 2024. A associação estima 16,5 milhões de pedidos, com ticket médio subindo de R$ 738 para R$ 808,50.

Os setores com maior volume de vendas devem ser eletrônicos, moda, beleza, brinquedos e eletrodomésticos. A ABIACOM recomenda que os varejistas invistam em campanhas antecipadas, promoções segmentadas e experiências de compra fluidas, especialmente em mobile e pós-venda.

Preparativos das varejistas para a Black Friday

Com a aproximação do evento, as empresas listadas na B3 adotam estratégias robustas voltadas para consumidores cada vez mais digitalizados. Entre os fatores que devem impulsionar as vendas estão:

  • Maior confiança no comércio online;
  • Intensificação do uso do Pix, responsável por 40% do volume de e-commerce;
  • Aumento do ticket médio e pressão sobre a infraestrutura de pagamentos.

Plataformas ágeis e seguras, capazes de escalar sem fricção e oferecer inteligência em tempo real, serão essenciais para converter cliques em vendas.

Estratégias de algumas das principais empresas do varejo

Mercado Livre (MELI34)

O Mercado Livre anunciou R$ 100 milhões em cupons para a Black Friday 2025, distribuídos até 1º de dezembro, durante a Cyber Monday. O valor representa um aumento de 150% em relação a 2024.

O objetivo é ampliar o uso do Mercado Pago, incentivando os consumidores a realizarem pagamentos dentro do ecossistema da plataforma.

Magazine Luiza (MGLU3)

O Magazine Luiza vai investir R$ 150 milhões em descontos de preço e frete ao longo de novembro. A expectativa é que as vendas na Black Friday representem o dobro de um mês comum.

A estratégia acompanha a recente parceria entre Mercado Livre e Casas Bahia, que a partir de 1º de novembro venderão produtos de eletrodomésticos e eletrônicos no marketplace do Mercado Livre.

Casas Bahia (BHIA3)

As Casas Bahia lançaram a campanha “Super Black Ao Vivo”, combinando lojas físicas e digital para amplificar ofertas e interações, projetando o maior movimento da história da varejista.

Amazon Brasil (AMZO34)

A Amazon iniciou as promoções em outubro com a Mega Oferta Prime, oferecendo descontos de até 50% para assinantes Prime e preparando grandes ofertas para marcas como Samsung, Apple e Xiaomi, com até 80% de desconto em alguns produtos.

Shopee

A Shopee anunciou R$ 36 milhões em campanhas de descontos, sendo R$ 20 milhões destinados ao 11.11 (Dia dos Solteiros) como esquenta e R$ 16 milhões para a sexta-feira de promoções.

Perspectivas para consumidores e varejistas

Os consumidores brasileiros continuam planejados, mas cautelosos, buscando ofertas relevantes e processos de checkout confiáveis. O crescimento esperado para 2025 inclui:

  • Maior uso do Pix e pagamentos digitais;
  • Aumento do gasto médio por compra;
  • Necessidade de parcerias estratégicas em pagamentos para otimizar conversão.

Varejistas que se adaptarem rapidamente, com infraestrutura escalável e dados em tempo real, estarão melhor posicionados para transformar cada clique em venda.

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