Javier Milei, presidente da Argentina, foi um dos principais palestrantes da CPAC (Conservative Political Action Conference), realizada neste domingo (7) em Balneário Camboriú (SC). Em um discurso de 20 minutos, Milei optou por uma abordagem moderada em relação ao Brasil, evitando ataques diretos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma tentativa de acalmar as tensões diplomáticas entre os dois países vizinhos.

Durante sua apresentação, Milei escolheu não se aprofundar em críticas diretas a Lula, adotando um tom mais conciliador. Este movimento estratégico visa não amplificar as disputas já existentes entre os governos argentino e brasileiro, destacando-se pela sua postura moderada diante do público internacional da conferência.

Por outro lado, Milei não poupou críticas aos governos socialistas da América Latina, especialmente ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela, ao qual se referiu como uma “ditadura”. Suas críticas foram enfáticas, reforçando sua posição contrária a regimes que, segundo ele, minam a democracia e a liberdade em nome de ideologias socialistas.

Apesar da moderação geral, Milei fez comentários que poderiam ser interpretados como críticas sutis ao Brasil e a outros países da região. Um momento notável foi sua menção a Jair Bolsonaro como um “perseguido judicial”, mesmo estando presente no palco durante o discurso. Esses comentários, embora não diretamente confrontacionais, podem indicar discordâncias subjacentes sobre questões políticas e ideológicas entre os líderes regionais.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.