IPCA-15 de agosto sobe para 0,28%, superando projeções do mercado
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da taxa de inflação, registrou um aumento de 0,28% em agosto. No mês anterior, havia ocorrido uma queda nos preços, com uma deflação de 0,07%. Os dados foram anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante a manhã desta sexta-feira, […]

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da taxa de inflação, registrou um aumento de 0,28% em agosto. No mês anterior, havia ocorrido uma queda nos preços, com uma deflação de 0,07%.
Os dados foram anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante a manhã desta sexta-feira, 25 de agosto.
O valor observado ficou acima das expectativas do mercado, que estimava um aumento de 0,17% para esse período, de acordo com as previsões da agência Reuters. Em agosto de 2022, a taxa de variação tinha sido de -0,73%.
No acumulado dos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,24%, superando a taxa de 3,19% registrada nos 12 meses imediatamente anteriores. A comparação anual também excedeu as projeções do mercado, que previam um aumento de 4,13%.
Aumentos em diversos setores impulsionam variação do IPCA-15 de agosto
Sete dos nove conjuntos de categorias de produtos e serviços que foram alvo da pesquisa apresentaram incremento em agosto. O setor que mais substancialmente influenciou o desempenho foi o de Habitação (1,08%), exercendo uma contribuição de 0,16 pontos percentuais no resultado mensal.
Na sequência, os setores de Saúde e Cuidados Pessoais (0,81%) e Educação (0,71%) exerceram impacto sobre o índice geral, contribuindo respectivamente com acréscimos de 0,11 e 0,04 pontos percentuais.
Além disso, os segmentos de Despesas Pessoais (0,60%), Transportes (0,23%), Comunicação (0,04%) e Artigos de Residência (0,01%) também apresentaram variação positiva durante o mês.
Dentro da categoria de Habitação, o maior impacto derivou do aumento nos custos de energia elétrica residencial (4,59%), que correspondeu a um incremento de 0,18 pontos percentuais. Esse aumento foi influenciado pelo término da incorporação do Bônus de Itaipu, que havia sido aplicado nas faturas do mês anterior.
Além disso, reajustes tarifários foram implementados em três áreas do índice: em Curitiba (9,68%), onde a nova tarifa passou a vigorar a partir de 24 de junho; em Porto Alegre (5,44%), com reajuste a partir de 19 de junho; e em São Paulo (4,21%), onde o aumento entrou em vigor em 4 de julho.
O aumento nas taxas de água e esgoto (0,20%) também contribuiu para a elevação do segmento de Habitação.
O incremento em Saúde e Cuidados Pessoais (0,81%) foi impulsionado pelos produtos de higiene pessoal, cujos preços foram de uma variação de -0,71% em julho para 1,59% em agosto.
No caso da categoria Educação (0,71%), o aumento foi liderado pelos cursos regulares, que aumentaram em 0,74%, principalmente devido aos subitens creche (1,91%) e ensino superior (1,12%).
Variações nos preços de alimentação e bebidas
O setor de Alimentação e Bebidas apresentou uma queda de -0,65% no índice, sendo que essa redução foi principalmente influenciada pela diminuição dos preços dos alimentos consumidos em casa, que registraram uma deflação de -0,99%. Essa deflação já vinha sendo observada nos dois meses anteriores.
Além disso, os preços dos alimentos consumidos fora de casa aumentaram em menor ritmo em relação ao mês anterior. Os preços das refeições tiveram um aumento de 0,35%, acelerando em comparação com o resultado de julho (0,17%), enquanto os preços dos lanches desaceleraram, passando de 1,02% em julho para 0,14% em agosto.