O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe) apresentou uma inflação de 3,56% no acumulado de 12 meses até agosto de 2024, superando a mediana das projeções de mercado, que era de 3,53%. Este aumento reflete uma elevação notável na inflação anual, conforme revelado pelos dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Inflação de agosto: uma visão geral

Em agosto, o IPC-Fipe registrou uma alta de 0,18%, marcando uma aceleração significativa em comparação com o crescimento de 0,06% observado em julho e o incremento de 0,17% na terceira quadrissemana do mês passado. Essa elevação na inflação mensal demonstra uma tendência de aumento nos preços ao consumidor na cidade de São Paulo, destacando uma virada após meses de variações mais suaves.

Os dados referentes a agosto estiveram alinhados com as previsões de mercado, que variavam entre 0,11% e 0,21%. No entanto, o resultado superou a mediana das estimativas, que era de 0,15%. Esta superação das expectativas ressalta um movimento de alta nos preços que pode impactar diretamente o poder de compra dos consumidores.

Inflação acumulada e desempenho anual

Entre janeiro e agosto de 2024, o IPC-Fipe acumulou uma inflação de 2,12%. Esse resultado é um indicador importante para avaliar a tendência de preços ao longo do ano e pode influenciar as políticas econômicas e as expectativas de mercado para o restante de 2024.

Componentes do IPC-Fipe

O desempenho dos componentes do IPC-Fipe revelou variações significativas em agosto. Três dos sete componentes principais apresentaram uma desaceleração em seu ritmo de crescimento:

  • Habitação: A alta passou de 0,34% em julho para 0,18% em agosto.
  • Transportes: O índice de preços desacelerou de 0,83% para 0,62%.
  • Vestuário: O aumento foi reduzido de 0,39% para 0,28%.

Em contraste, outras categorias mostraram um comportamento oposto ou melhoraram suas taxas de variação:

  • Alimentação: A deflação diminuiu de -1,12% em julho para -0,29% em agosto, indicando uma menor retração nos preços dos alimentos.
  • Despesas Pessoais: Subiu ligeiramente de 0,35% para 0,36%.
  • Saúde: O índice de preços subiu de 0,59% para 0,60%.
  • Educação: Mudou de uma deflação de -0,13% para uma alta de 0,12%, sinalizando um aumento nos custos relacionados à educação.

Julia Peres

Redatora do Melhor Investimento.