Ibovespa atinge maior patamar do ano com destaques para bancos, varejo e Petrobras
O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (17) no maior patamar do ano, sustentado pelo desempenho positivo de bancos, varejo e Petrobras.

O principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou o pregão desta segunda-feira (17) em alta, alcançando o maior nível do ano. O desempenho foi impulsionado pelo otimismo dos investidores com os setores financeiro, de consumo e com a valorização das ações da Petrobras. Mesmo com o mercado norte-americano fechado devido ao feriado do Dia do Presidente, o Ibovespa mostrou força e confiança.
Alta do Ibovespa reflete confiança no mercado interno
O avanço do Ibovespa nesta segunda-feira foi marcado por ganhos consistentes, mesmo sem a orientação de Wall Street, que não operou por conta do feriado nos Estados Unidos. A confiança do investidor doméstico, impulsionada pelos setores bancário, varejista e de commodities, sustentou o índice em alta durante todo o dia.
Entre os destaques do pregão, o setor bancário teve um papel fundamental, com ações do Banco do Brasil (BBAS3) subindo 1,43%, refletindo a percepção de solidez do sistema financeiro nacional. No varejo, o desempenho foi ainda mais expressivo: Magazine Luiza (MGLU3) liderou os ganhos, com alta de 7,86%, beneficiada pela queda dos juros futuros, que tornam o crédito ao consumo mais acessível.
Petrobras (PETR4) também teve um dia positivo, com valorização de 0,61%. O movimento veio após a participação do presidente Lula em um evento da estatal, no qual foram sinalizadas novas estratégias para ampliar os investimentos da companhia. A presença do governo trouxe um “pé no acelerador”, segundo analistas, gerando expectativas otimistas para o setor de energia.
Indicadores econômicos mostram desaceleração da economia brasileira
Apesar do clima positivo no mercado de ações, o cenário macroeconômico brasileiro trouxe sinais de alerta. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, apontou uma queda maior que o esperado em dezembro. O resultado sugere uma desaceleração da economia, reflexo direto da política monetária restritiva adotada nos últimos meses.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mesmo com o recuo, o PIB brasileiro atingiu, em 2024, o maior valor da série histórica, impulsionado principalmente pelo consumo interno e pela recuperação da indústria. No entanto, alguns economistas alertam para o risco de estagflação em 2025 — cenário em que a economia cresce pouco, ou até encolhe, enquanto a inflação continua elevada.
A expectativa do mercado é de que o Banco Central adote uma postura cautelosa, evitando cortes abruptos na taxa Selic, o que poderia comprometer o controle da inflação.
Setores em baixa: Vale recua e frigoríficos enfrentam dificuldades
Nem todos os papéis seguiram o clima de alta. As ações da Vale (VALE3) fecharam o dia em queda de 0,54%, acompanhando a desvalorização do minério de ferro no mercado internacional. O setor de commodities metálicas, que tem um peso significativo no Ibovespa, foi impactado por expectativas de menor demanda global, especialmente da China.
Entre os frigoríficos, a situação foi mista: JBS (JBSS3) caiu 2,77%, liderando as perdas do dia, pressionada por resultados negativos das operações nos Estados Unidos. A performance fraca da subsidiária americana refletiu em uma queda expressiva, apesar da estabilidade no mercado interno. Por outro lado, Minerva (BEEF3) foi uma exceção positiva, com alta de 3,10%, impulsionada por um ambiente favorável às exportações de carne bovina.
Expectativas para o próximo pregão: mais volume com Wall Street de volta
Com o retorno das operações do mercado norte-americano nesta terça-feira (20), espera-se um aumento no volume de negociações na B3. A interação entre o mercado doméstico e Wall Street deve trazer mais liquidez e possivelmente impulsionar ainda mais o Ibovespa.
A grande pergunta agora é: o índice brasileiro continuará batendo recordes ou a volatilidade externa poderá frear esse ritmo? Investidores seguirão atentos aos próximos dados econômicos e ao comportamento das commodities no cenário internacional.
Maiores altas do Ibovespa hoje (17)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
MGLU3 | +7.86% | R$ 7,96 |
VAMO3 | +5.80% | R$ 5,29 |
CVCB3 | +4.55% | R$ 2,07 |
RAIZ4 | +4.52% | R$ 1,85 |
YDUQ3 | +4.24% | R$ 12,04 |
Maiores quedas do Ibovespa hoje (17)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
JBSS3 | -2.77% | R$ 32,61 |
WEGE3 | -2.51% | R$ 52,45 |
BRFS3 | -2.50% | R$ 19,52 |
BBSE3 | -2.26% | R$ 38,00 |
POMO4 | -2.13% | R$ 8,28 |
Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas
Nome | Fechamento | Variação em pts | Variação em % |
🇧🇷 Bovespa | 128.552 | +334 | +0,26% |
🇧🇷 USD/BRL | 5,7114 | +0,0075 | +0,13% |
🇺🇸 S&P 500 | 6.126,75 | +12,20 | +0,20% |
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