Dia difícil para o Ibovespa! O índice fechou a quarta-feira (09) no vermelho, registrando uma queda de 1,18%, aos 129.962,06 pontos, com uma perda significativa de 1.549,67 pontos. Esta foi a primeira vez desde 8 de agosto de 2024 que o índice fechou abaixo dos 130 mil pontos. Naquela ocasião, o IBOV estava em alta, enquanto hoje a bolsa sofre a segunda queda consecutiva.

O dólar comercial também subiu pelo terceiro dia consecutivo, alcançando R$ 5,58, com um avanço de 1,00%. Os juros futuros (DIs) subiram em resposta, com alguns vencimentos de curto e médio prazos apresentando altas de quase 2%.

A pressão veio após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que, apesar de estar em linha com as expectativas, trouxe preocupações sobre a piora em métricas recentes. 

Com isso, há expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) acelere o ritmo de aumento de juros, possivelmente optando por um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa Selic em sua reunião de novembro. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu parte dessa pressão inflacionária à seca, chamando o aumento dos preços de um fenômeno temporário, ressaltando que “aumento de juros não vai fazer chover”.

Cenário internacional

O IPCA de setembro não foi o único fator a pesar no mercado financeiro hoje. A economia global enfrentou outros desafios, como a situação econômica da China, onde os estímulos recentes não surtiram o efeito esperado, e a crise no Oriente Médio, que mantém os preços das commodities voláteis.

Outro evento relevante foi a divulgação da Ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), na qual foi decidido um corte de 0,50 ponto percentual nas taxas de juros. A ata revelou que houve uma divisão entre os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) em relação ao tamanho do corte, o que trouxe um tom mais rigoroso à discussão.

Apesar dessas incertezas, o mercado de ações em Nova York reagiu positivamente. Os principais índices, como o S&P 500, subiram e até atingiram recordes, demonstrando otimismo em meio à volatilidade global.

Altas e quedas do IBOV

Repetindo o cenário de ontem, um dos fatores que impactaram a baixa no Ibovespa foi a queda nas commodities.

A Petrobras (PETR4) recuou 1,01% com a nova baixa no preço do petróleo. O setor foi bastante afetado, com PRIO (PRIO3) caindo 0,93%, Petrorecôncavo (RECV3) perdendo 2,75% e Brava (BRAV3) recuando 0,89%. 

A Vale (VALE3) teve queda mais moderada, de 0,26%, apesar das dificuldades no mercado de minério de ferro devido à situação na China.

No entanto, foram os bancos que exerceram o maior peso sobre o índice. O Banco do Brasil (BBAS3) caiu 2,04%, Bradesco (BBDC4) desceu 1,97%, Itaú Unibanco (ITUB4) perdeu 1,84% e Santander (SANB11) caiu 0,94%, contribuindo de forma significativa para a retração geral do índice.

Entre as ações mais negociadas, Hapvida (HAPV3) recuou 1,27%, enquanto Cogna (COGN3) despencou 6,34%, devolvendo parte dos ganhos expressivos do dia anterior. Usiminas (USIM5) foi um dos poucos destaques positivos, subindo 4,49% após uma recomendação de compra por um banco.

A expectativa agora está voltada para os dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA que serão divulgados amanhã, o que pode gerar novos movimentos nos mercados globais.

Maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira (09)

TickerValorização (%)Valor por ação (R$)
USIM5+4,496,29
PCAR3+3,673,11
JBSS3+0,7432,59
GOAU4+0,5610,80
GGBR4+0,1619,11

Maiores quedas do Ibovespa nesta quarta-feira (09)

TickerDia (%)Valor (R$)
YDUQ3-6,4510,00
COGN3-6,341,33
ASAI3-4,696,50
SMTO3-3,9627,16
BHIA3-3,854,24

Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas

NomeFechamento Variação em ptsVariação em %
🇧🇷 Bovespa129.962-1.549,671,18%
🇧🇷 USD/BRL5,5875+0,0553+01%
🇺🇸 S&P 5005.792,04+40,91+0,71%