O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou a semana em baixa de 0,28%, atingindo 129.992,29 pontos. Apesar de apresentar um desempenho positivo em alguns setores, a queda foi influenciada por um clima de aversão ao risco no mercado internacional e incertezas fiscais no Brasil. O resultado marca uma perda acumulada de 1,37% durante a semana. O dólar comercial, por sua vez, subiu 0,50%, fechando a R$ 5,61, após tocar R$ 5,653.

Setor de serviços mostra desaceleração em agosto

Uma das principais preocupações do mercado foi a desaceleração no setor de serviços, que apresentou uma retração de 0,4% em agosto, conforme dados divulgados pelo IBGE. Esta foi a primeira queda desde fevereiro e reflete um ambiente econômico desafiador. Apesar desse cenário, a XP Investimentos projeta um crescimento de 3,2% para o setor em 2024, sinalizando uma possível recuperação no próximo ano.

Essa desaceleração no setor de serviços levanta questões sobre a sustentabilidade da recuperação econômica do Brasil, especialmente diante de um cenário de inflação persistente e aumento das taxas de juros.

Destaques e queda do índice

No fechamento da semana, o Ibovespa teve variações mistas nos principais setores. A Vale (VALE3) foi um dos destaques positivos, subindo 1,44%, ajudando a conter a queda do índice. O varejo também apresentou resultados animadores, com Lojas Renner (LREN3) registrando uma alta de 3,37%. Esses setores foram os principais responsáveis por amenizar a perda geral do Ibovespa, que, mesmo assim, não conseguiu evitar a queda.

Por outro lado, o setor bancário teve resultados mistos. O Banco do Brasil (BBAS3) subiu 0,50%, enquanto o Bradesco (BBDC4) e o Itaú Unibanco (ITUB4) apresentaram quedas de 1,33% e 0,75%, respectivamente. Petrobras (PETR4), por sua vez, teve uma leve queda de 0,08%.

Os setores que mais sofreram na semana foram as ações da Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4), que apresentaram perdas superiores a 3%. Esse desempenho negativo foi atribuído a informações sobre a demanda no mercado americano, que impactaram as expectativas de crescimento do setor.

volução do índice e expectativas futuras

O desempenho do Ibovespa ao longo da semana foi marcado por oscilações. Na segunda-feira (7), o índice subiu 0,17%, mas, ao longo da semana, enfrentou quedas significativas nas terças (8) e quartas (9), com perdas de 0,38% e 1,18%, respectivamente. Na quinta-feira (10), houve uma leve recuperação de 0,30%, mas a sexta-feira (11) trouxe novas quedas.

Segunda-feira (7): +0,17%

Terça-feira (8): -0,38%

Quarta-feira (9): -1,18%

Quinta-feira (10): +0,30%

Sexta-feira (11): -0,28%

Semana: -1,37%

Outubro: -1,38%

4T24: -1,38%

2024: -3,12%

Maiores altas do Ibovespa nesta sexta-feira (11)

TickerValorização (%)Valor por ação (R$)
PCAR3+3.81%R$ 3,27
LREN3+3.37%R$ 18,71
PETZ3+2.74%R$ 4,88
MGLU3+2.61%R$ 9,45
YDUQ3+2.48%R$ 10,32

Maiores quedas do Ibovespa nesta sexta-feira (11)

TickerValorização (%)Valor por ação (R$)
MRVE3-5.40%R$ 7,36
BEEF3-4.48%R$ 5,54
GOAU4-3.77%R$ 10,47
GGBR4-3.76%R$ 18,43
MRFG3-2.97%R$ 12,75

Análise da inflação nos EUA impacta expectativas no Brasil

Outra questão que afeta diretamente o Ibovespa é a inflação nos Estados Unidos. O Índice de Preços ao Produtor (PPI) apresentou resultados comportados, aliviando as preocupações sobre a interrupção do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve. A estabilização dos preços nos EUA gera um efeito positivo em mercados emergentes, incluindo o Brasil, ao sugerir que os investidores podem manter a confiança em ativos de risco.

Desempenho do dólar e impactos no mercado

O dólar comercial também teve uma semana movimentada, fechando com uma alta de 0,50%, com valores de venda e compra a R$ 5,615. A moeda americana subiu 2,92% na semana, refletindo a volatilidade do mercado global e as tensões políticas internas.

Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas

NomeFechamento Variação em ptsVariação em %
🇧🇷 Bovespa129.992-361-0,28%
🇧🇷 USD/BRL5,6096+0,0278+0,50%
🇺🇸 S&P 5005.815,03+34,98+0,61%