O Ibovespa (IBOV) fechou esta terça-feira (22) em queda, marcando a quarta baixa consecutiva. O índice recuou 0,31%, aos 129.951,37 pontos – uma perda de 410,19 pontos. 

Vale lembrar que a última sequência negativa de quatro pregões havia ocorrido entre 17 e 20 de setembro, quando o índice acumulou baixa de mais de 4 mil pontos, enquanto o movimento atual resultou em uma queda de 1,8 mil pontos.

O dólar comercial teve variação mista ao longo do dia, chegando a cair, mas fechou com alta de 0,11%, cotado a R$ 5,69. Nos mercados de juros futuros (DIs), o encerramento foi misto.

Com uma semana sem grandes indicadores econômicos até o momento – o IPCA-15 de outubro será divulgado somente depois de amanhã –, o mercado se pautou por outras notícias. 

A arrecadação federal de setembro foi destaque ao crescer 11,61% e atingir um recorde para o mês. Em viagem aos EUA, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o governo está promovendo uma convergência entre despesas e receitas, o que não ocorria desde 2015. No entanto, a preocupação fiscal ainda é uma questão que preocupa economistas e impacta o mercado.

O FMI revisou a previsão de crescimento do Brasil para 3% em 2023, mas apresentou uma perspectiva pessimista para 2025, atribuindo isso à política monetária restritiva. 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que, sem um choque fiscal positivo, será difícil reduzir as taxas de juros no país. Já a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que a equipe econômica deve apresentar ao presidente Lula um conjunto de medidas para conter os gastos públicos.

Nos Estados Unidos, os principais índices de Nova York oscilaram e terminaram próximos da estabilidade, com investidores atentos à divulgação dos balanços do 3T24.

Altas e quedas do Ibovespa hoje

Nos negócios da B3, o dia começou turbulento, mas o Ibovespa conseguiu se recuperar e terminou longe das mínimas. O índice chegou a registrar queda de 1% durante a sessão, mas reagiu ao longo do pregão.

Grande parte da recuperação veio com a Vale (VALE3), que operou no vermelho por boa parte do dia, acompanhando a baixa do minério de ferro, mas conseguiu se recuperar no fim e fechou com leve alta de 0,13%. 

No cenário internacional, o FMI avaliou que as recentes medidas de estímulo do banco central da China, adotadas em setembro para conter a crise imobiliária, são insuficientes para impulsionar significativamente o crescimento do país.

A Petrobras (PETR4) contrariou a alta do petróleo no mercado internacional e recuou 0,39%. Entre outras petrolíferas, PRIO (PRIO3) caiu 0,74%, Petrorecôncavo (RECV3) perdeu 1,16%, enquanto Brava (BRAV3) subiu 0,58%.

No setor bancário, apenas o Itaú Unibanco (ITUB4) fechou com alta, avançando 0,17% após anunciar o resgate de notas subordinadas. Os demais bancos recuaram, com destaque para Banco do Brasil (BBAS3), que caiu 1,20%.

O setor de varejo teve um dia difícil, com Magazine Luiza (MGLU3) despencando 3,83% e Lojas Renner (LREN3) recuando 1,57%.

A Hypera (HYPE3), destaque da véspera, brilhou novamente e disparou 7,45%, impulsionada pela repercussão positiva da proposta de fusão com a EMS.

Com uma agenda econômica leve, a semana aparenta ser tranquila, mas, como o desempenho do mercado mostrou, só aparenta.

Maiores altas do IBOV hoje (22)

TickerValorização (%)Valor por ação (R$)
HYPE3+7,4528,11
VAMO3+2,986,23
PCAR3+2,553,22
SUZB3+2,3357,58
CRFB3+2,027,06

Maiores quedas do IBOV hoje (22)

TickerValorização (%)Valor por ação(R$)
AZUL4-5,705,63
EZTC3-4,2113,41
MRVE3-3,916,88
MGLU3-3,839,30
NTCO3-3,6214,11

Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas

NomeFechamento Variação em ptsVariação em %
🇧🇷 Bovespa129.951– 410,19 -0,31%
🇧🇷 USD/BRL5,6967+0,0003+0,06%
🇺🇸 S&P 5005.851,20−2,780,47%