Haddad defende corte de gastos e celebra avanços econômicos no “Conselhão”
No Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS), o “Conselhão”, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância de cortar gastos públicos para garantir um crescimento econômico sustentável com controle da inflação.

Em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS), popularmente conhecido como “Conselhão”, nesta quinta-feira (12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), celebrou as conquistas do governo no cenário econômico e abordou a necessidade de realizar cortes nas despesas públicas para garantir o crescimento do Brasil com controle da inflação. A fala de Haddad, que durou pouco mais de três minutos, destacou os principais avanços do governo e a importância de um ajuste fiscal para a sustentabilidade econômica do país.
Corte de gastos
Durante sua breve, mas incisiva, intervenção no Conselhão, Haddad enfatizou a importância de reduzir os gastos públicos, uma medida necessária para assegurar que o Brasil mantenha um crescimento econômico robusto, aliado à baixa inflação. O ministro destacou que, em comparação com o ano de 2010, o país perdeu três pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) em termos de receita primária, ao mesmo tempo em que as despesas continuaram a crescer, impulsionadas pela aprovação de projetos que nem sempre são necessários. “Fazer esse reencontro entre receita e despesa é fundamental para garantir a sustentabilidade da economia”, afirmou Haddad.
Essa declaração do ministro revela uma preocupação central do governo, que é o controle das contas públicas diante de um cenário de crescimento econômico esperado. No entanto, esse crescimento precisa ser sustentado por uma administração fiscal responsável, e a contenção de gastos é vista como um passo fundamental nesse processo.
Expectativa de crescimento do PIB em 2024
O ministro da Fazenda também celebrou a expectativa de crescimento do PIB brasileiro em 2024, que, segundo Haddad, deve superar os 3%. Esse resultado é interpretado como um reflexo da recuperação econômica do país, após um período de recessão e instabilidade. Além disso, Haddad fez questão de destacar que o crescimento será acompanhado da redução das taxas de desemprego e da miséria, com a economia criando novas oportunidades para a população.
Esses dados revelam a trajetória positiva que o Brasil tem seguido nos últimos anos, apesar das dificuldades enfrentadas. O aumento do PIB, combinado com a redução do desemprego e da pobreza, indica que as políticas econômicas adotadas pelo governo estão surtindo efeito e proporcionando um ambiente mais favorável para a população.
Reforma Tributária e esforço do Congresso Nacional
Em sua fala, Haddad também abordou a regulamentação da reforma tributária, que está em vias de ser concluída no Congresso Nacional. O ministro destacou os esforços concentrados dos parlamentares para votar e aprovar a regulamentação da reforma, um passo crucial para o fortalecimento da estrutura tributária do país. Haddad manifestou otimismo quanto à possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionar a reforma ainda este ano.
A reforma tributária é um dos pilares do governo para melhorar a arrecadação do país e reduzir a complexidade do sistema tributário, o que, em última instância, pode resultar em um ambiente de negócios mais eficiente e competitivo. A aprovação dessa medida será essencial para o Brasil avançar em termos de competitividade e desenvolvimento econômico.
Redução de pessoas “Nem-Nem”
Outro ponto relevante destacado pelo ministro foi a diminuição histórica do número de pessoas “nem-nem”, que são aqueles adultos que nem estudam nem trabalham. O número de “nem-nem” caiu ao menor nível da história, o que é visto como um indicativo de melhora no mercado de trabalho. A inclusão de mais pessoas no mercado de trabalho, seja por meio do estudo ou da inserção em postos de trabalho, é fundamental para o desenvolvimento social e econômico do Brasil.
Essa redução é mais uma evidência do sucesso das políticas públicas do governo, que têm incentivado a educação e a formalização do emprego no país, ajudando a combater a desigualdade social e a melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.