Em fevereiro deste ano (2024), as contas do Governo Central apresentaram um déficit primário recorde de R$ 58,4 bilhões, marcando um aumento significativo em relação ao ano anterior. A antecipação de precatórios impulsionou principalmente esse cenário adverso, adicionando pressão extra às finanças públicas.

O déficit registrado em fevereiro representa um aumento de 37,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior, após ajustes pela inflação medida pelo IPCA. Este resultado surpreendeu as expectativas das instituições financeiras, que projetavam um déficit menor para o período. Apesar do superávit registrado em janeiro, as despesas governamentais cresceram, devido aos gastos com precatórios, além dos investimentos em programas sociais, como o Bolsa Família, e as obrigações da Previdência Social.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trouxe à tona a possibilidade de revisão da meta fiscal para o ano de 2025, condicionada ao progresso de projetos no Congresso Nacional. Esta medida visa ajustar a política fiscal às necessidades econômicas atuais e garantir a estabilidade financeira do país em um ambiente de incertezas e desafios econômicos.