O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um investimento significativo na Intel (INTC; ITLC34)  de cerca de US$20 bilhões, composto por subsídios e empréstimos. Este é o maior apoio do governo dos EUA para impulsionar a produção doméstica de chips semicondutores.

Do montante total, Biden destinou US$8,5 bilhões para subsídios, com um adicional de até US$11 bilhões em empréstimos para a Intel, concentrados principalmente no estado do Arizona. O investimento representa um desembolso de US$19,5 bilhões. 

Parte do financiamento será utilizada na construção de duas novas fábricas e na modernização de uma já existente.

De acordo com o presidente, a pandemia agravou a escassez global de semicondutores, levando ao fechamento de fábricas e ao aumento dos preços. Em resposta a essa situação, o governo dos EUA está empenhado em revitalizar a indústria de semicondutores no país.

“Permitiremos que a fabricação avançada de semicondutores retorne nos EUA depois de 40 anos”, disse Biden. 

Para Gina Raimondo, secretária do Departamento de Comércio, o investimento na Intel é “um dos maiores da história na fabricação de semicondutores nos EUA”. Ela também ressaltou que o governo almeja aumentar a participação do país na produção de chips avançados de 0% para 20% até 2030, por meio de um programa de subsídios.

Desempenho da Intel no 4T23

Em balanço financeiro, a fabricante de processadores de computador anunciou um lucro líquido de US$2,7 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), revertendo o prejuízo do mesmo período do ano anterior, equivalente a US$0,63 por ação. No quarto trimestre de 2022, a empresa havia registrado um prejuízo líquido de US$ 700 milhões, ou US$0,16 por ação.

Já a receita da empresa atingiu US$15,4 bilhões, superando ligeiramente as expectativas do mercado, que eram de US$15,15 bilhões. Para o primeiro trimestre do ano fiscal de 2024, a Intel espera um lucro por ação de US$0,13 e vendas na faixa entre US$12,2 bilhões e US$13,2 bilhões.

Com a Intel relatando um crescimento de vendas de 10% no quarto trimestre em comparação com os US$14,04 bilhões do ano anterior, a empresa interrompe uma sequência de sete trimestres consecutivos de queda na receita. A margem bruta ficou em 40%, representando uma redução anual de 2,6 pontos percentuais.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.