Gleisi Hoffmann apoia pedido de prisão preventiva de Ciro Gomes após ataques contra Janaína Farias
Gleisi Hoffmann apoia pedido de prisão preventiva de Ciro Gomes após ataques contra Janaína Farias. Caso envolve condenação por danos morais e acusações de violência política de gênero.
Sérgio Lima/ Poder 360 e Waldemir Barreto / Agência Senado
O pedido de prisão preventiva de Ciro Gomes (PDT), protocolado pela Advocacia do Senado, ganhou apoio público da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). A medida foi solicitada em 4 de setembro, no âmbito de uma ação penal eleitoral movida pelo Ministério Público Eleitoral por violência política de gênero contra a prefeita de Crateús (CE), Janaína Farias.
Janaína, ex-senadora que ocupou a vaga de Camilo Santana (PT-CE) no Senado, tornou-se alvo de declarações de Ciro desde 2024. Em entrevistas, o ex-governador do Ceará a chamou de “assessora de assuntos de cama” e “cortesã”. Em maio deste ano, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou Ciro a pagar R$ 52 mil em danos morais. Mesmo após a decisão, segundo o pedido do Senado, ele teria mantido os ataques em redes sociais.
Nas redes sociais, Gleisi classificou as ofensas como “gravíssimas” e “machismo repugnante”. A ministra afirmou que o pedetista vem desafiando a Justiça com ataques reiterados e declarou solidariedade à prefeita Janaína.
O pedido encaminhado à Justiça Eleitoral pede medidas cautelares, como proibição de contato, afastamento de 500 metros, restrição de novas manifestações públicas contra a prefeita e comparecimento periódico em juízo. O juiz da 115ª Zona Eleitoral, Victor Nunes Barroso, enviou o caso à Polícia Federal para apurar possível crime de perseguição.
A defesa de Ciro, representada pelo advogado Walber Agra, contesta a medida. Ele sustenta que as falas estão protegidas pela liberdade de expressão e fazem parte do debate político: “Não há requisitos para prisão preventiva ou medidas cautelares. Trata-se de uma crítica política, ainda que em tom exacerbado”.
O pedido segue em análise pela Justiça. Aliados de Janaína Farias defendem que a prisão preventiva é necessária para interromper os ataques.
Gostou deste conteúdo? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: