Fundo Phoenix vence leilão de privatização da Emae
O Fundo Phoenix de Participações Multiestratégia saiu vencedor do leilão de privatização da geradora de energia Emae (EMAE4), conduzido pelo governo paulista na última sexta-feira (19). A oferta foi de R$70,65 por ação da companhia, que representou um ágio de 33,68% em relação ao preço mínimo estipulado. No total, o fundo concordou em desembolsar aproximadamente […]

O Fundo Phoenix de Participações Multiestratégia saiu vencedor do leilão de privatização da geradora de energia Emae (EMAE4), conduzido pelo governo paulista na última sexta-feira (19). A oferta foi de R$70,65 por ação da companhia, que representou um ágio de 33,68% em relação ao preço mínimo estipulado.
No total, o fundo concordou em desembolsar aproximadamente R$1,04 bilhão por um lote composto por 14.755.255 ações da Emae, equivalente à totalidade da participação de 39% detida pelo estado de São Paulo na empresa.
Durante o certame, houve uma acirrada disputa entre o Fundo Phoenix e as empresas EDF Brasil, subsidiária da gigante francesa de energia, e a Matrix Energia, uma joint venture da gestora Prisma Capital com uma subsidiária do grupo suíço Duferco.
Além das três participantes do leilão, o ativo também atraiu o interesse de outros grupos, totalizando nove interessados, de acordo com informações do banco Genial, que assessorou o Estado no processo de privatização. Fontes familiarizadas com o processo indicaram que grandes geradoras de energia, como Âmbar e Auren, também analisaram a Emae.
A Emae, que conta com a Eletrobras como acionista relevante, opera um sistema hidráulico e de geração de energia elétrica que abrange a região metropolitana de São Paulo, a baixada santista e o médio Tietê. Seu principal ativo é a usina hidrelétrica de Henry Borden, com 889 megawatts (MW) de capacidade, localizada no pé da Serra do Mar e inaugurada na década de 1920.
Além de Henry Borden, o portfólio da empresa inclui outras três hidrelétricas de menor porte, totalizando 960,8 MW, além de usinas elevatórias e barragens.
Vale ressaltar que o leilão marcou a venda da última estatal paulista de energia e a primeira privatização do governador Tarcísio de Freitas, que pretende realizar ainda neste ano a desestatização da Sabesp por meio de uma oferta de ações na bolsa.