Fim da guerra: Trump diz em Israel que o mundo encerra “uma era de terror e morte”
Donald Trump declara o fim da guerra em discurso em Israel e anuncia acordo de cessar-fogo histórico com Netanyahu para pacificar o Oriente Médio.
Imagem gerada por IA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (12) que “não é só o fim de uma guerra, mas de uma era de terror e morte”, durante um discurso no parlamento de Israel. A fala ocorreu no primeiro dia do cessar-fogo mediado por Washington, que encerra oficialmente o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas.
Cessar-fogo liderado pelos EUA marca o fim da guerra no Oriente Médio
Trump chegou a Jerusalém no domingo para acompanhar pessoalmente a primeira fase do acordo de paz. Nas primeiras horas desta segunda, o Hamas libertou os 20 reféns israelenses mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza por mais de dois anos; um dos pontos centrais da trégua.
Durante o discurso, dois parlamentares pró-Palestina interromperam a sessão ao exibirem cartazes pedindo o reconhecimento do Estado palestino. Seguranças retiraram ambos após uma breve confusão. De volta ao púlpito, Trump reagiu com ironia: “Foi uma intervenção breve e eficiente”, disse, arrancando risos da plateia.
Trump elogia Netanyahu
O presidente americano elogiou Benjamin Netanyahu, chamando o premiê israelense de “um homem de muita coragem”.
Em tom descontraído, afirmou que Netanyahu “não é a pessoa mais fácil de lidar, mas é ótimo justamente por isso”.
Antes de Trump, Netanyahu discursou e classificou o líder americano como “o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca”. O premiê anunciou ainda que Trump receberá a Medalha de Honra Presidencial Israelense, a mais alta condecoração civil do país, em reconhecimento aos esforços para trazer os reféns de volta e promover a paz na região. Trump será o primeiro estrangeiro a receber a honraria.
Após a visita a Israel, o presidente americano segue para o Egito, onde participará da Cúpula pela Paz no Oriente Médio, em Sharm el-Sheikh, ao lado do presidente egípcio Abdel Fatah Al-Sisi. O encontro contará com António Guterres, secretário-geral da ONU, e mais de 20 líderes mundiais.
O premiê israelense informou que não participará da conferência, apesar de autoridades egípcias terem indicado o contrário. Já o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, confirmou presença. Ainda não há confirmação de representantes do Hamas no evento.
Com o cessar-fogo em vigor e a libertação dos reféns, líderes internacionais avaliam o momento como um marco histórico para o Oriente Médio, e um teste decisivo para a estabilidade política da região após anos de destruição e incertezas.
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