EUA não pagarão pela reconstrução de Gaza, afirma Casa Branca
Os Estados Unidos não financiarão a reconstrução da Faixa de Gaza, conforme anunciado pela Casa Branca.

Os Estados Unidos não financiarão a reconstrução da Faixa de Gaza, enquanto o presidente Donald Trump segue com o compromisso de eliminar o Hamas e buscar uma paz duradoura no Oriente Médio. A declaração foi feita na última quarta-feira, 5, pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. A porta-voz esclareceu que o governo americano buscará soluções com os parceiros da região, em vez de arcar com os custos da recuperação do território devastado.
A decisão de não financiar a reconstrução de Gaza foi anunciada durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca. Karoline Leavitt, secretária de imprensa do governo dos EUA, destacou que, enquanto não houver condições mínimas de infraestrutura na região – como água e eletricidade – os Estados Unidos não irão se envolver no financiamento da reconstrução de Gaza. A proposta de Trump inclui o reassentamento temporário da população até que a situação se estabilize, o que pode envolver realocar parte da população de Gaza para outras áreas.
Em sua fala, Karoline Leavitt detalhou que a administração de Trump busca garantir condições mínimas de habitabilidade para a população da Faixa de Gaza. A proposta inicial é realocar os cidadãos temporariamente até que os serviços básicos, como água e eletricidade, sejam restaurados. Essa medida visa garantir um padrão mínimo de vida para a população, enquanto as condições de segurança e infraestrutura no território são reestabelecidas.
A porta-voz também destacou que o governo dos Estados Unidos não vê a reconstrução como uma solução imediata, considerando a complexidade do conflito e a necessidade de garantir a eliminação do Hamas da região, grupo considerado uma ameaça à estabilidade da região e à segurança global.
Na véspera da coletiva, o presidente Donald Trump foi mais enfático ao falar sobre o futuro de Gaza. Em uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Trump sugeriu a possibilidade de um reassentamento permanente da população da Faixa de Gaza em outra região, abordando a questão de forma definitiva. Trump mencionou que, sob sua proposta, os Estados Unidos poderiam assumir o controle da Faixa de Gaza por um longo período, em um esforço para garantir a paz e a segurança na região.
A declaração gerou repercussões, especialmente em relação às implicações políticas e humanitárias. A ideia de reassentar permanentemente a população de Gaza em outro território levanta questões sobre os direitos dos palestinos e as negociações de paz, além de gerar preocupações sobre a soberania dos povos da região.
Apesar da controvérsia gerada por suas declarações, a Casa Branca reforçou que a principal prioridade dos Estados Unidos é buscar uma paz duradoura no Oriente Médio. De acordo com Karoline Leavitt, o governo de Trump trabalhará com seus parceiros regionais para promover uma solução definitiva para o conflito entre Israel e Palestina. No entanto, ela destacou que qualquer proposta de reconstrução ou ajuda à Gaza estará condicionada à eliminação do Hamas e ao restabelecimento de condições básicas de segurança e infraestrutura.
Além da questão de Gaza, Leavitt também confirmou que o presidente Trump assinará uma ordem executiva em breve, impedindo que pessoas biologicamente designadas como homens ao nascer participem de competições esportivas femininas. A medida tem como objetivo estabelecer um limite para a participação de atletas transgêneros em eventos esportivos femininos, o que reflete uma abordagem mais rígida do governo em relação aos direitos de pessoas transgênero.