A Eneva (ENEV3) anunciou na última quinta-feira (10) que seu Conselho de Administração aprovou a emissão de mais de 228 milhões de novas ações, com o objetivo de aumentar seu capital por meio de uma oferta subsequente (“follow-on“) na B3.

A operação atingiu o montante de R$ 3,2 bilhões, com cada ação sendo emitida pelo valor de R$ 14,00, praticamente estável em relação ao preço de fechamento das ações da companhia no mesmo dia, que foi de R$ 13,95.

O aumento de capital foi voltado exclusivamente para investidores profissionais, ou seja, aqueles que possuem mais de R$ 10 milhões em investimentos financeiros e que tenham declarado essa condição por escrito.

A transação foi conduzida pelos bancos BTG Pactual, Itaú BBA e Bradesco BBI, e as novas ações devem começar a ser negociadas na B3 a partir de 14 de outubro.

A empresa havia mencionado a possibilidade de aumentar em até 31,25% o total de ações emitidas, o que representaria mais de 71 milhões de papéis adicionais, mas isso não ocorreu devido à ausência de demanda excedente.

Essa emissão faz parte da estratégia da Eneva de fortalecer seu capital e avançar em seus projetos de expansão no setor energético.

Destino dos recursos captados

A oferta de ações da Eneva (ENEV3) será realizada por meio de distribuição primária, o que significa que os recursos captados irão diretamente para o caixa da empresa. 

A companhia planeja usar esses recursos para acelerar a execução de seu plano de negócios e sua estratégia de longo prazo, com foco em projetos greenfield (novos) e brownfield (expansão de operações existentes) em leilões de geração de energia.

A empresa também destinará parte dos recursos a investimentos em exploração e produção (E&P), intensificando suas campanhas nas bacias do Parnaíba, Amazonas e Paraná. Além disso, a companhia busca investir no mercado de gás off-grid, oferecendo soluções para clientes industriais e o setor de transporte rodoviário.

Outra parte dos recursos será destinada a fusões e aquisições (M&A), como a compra da Gera Maranhão e da Linhares Participações. Por fim, a Eneva pretende otimizar sua estrutura de capital, fortalecendo seu balanço e reduzindo sua alavancagem financeira.

No segundo trimestre de 2024, a relação entre dívida líquida e Ebitda era de 4,36 vezes, com uma dívida líquida consolidada de R$ 17,8 bilhões.