Embraer levanta R$ 3,746 bilhões no mercado internacional com emissão de títulos de dívida
A Embraer (EMBR3) anunciou a emissão de US$ 650 milhões em títulos no mercado internacional, totalizando R$ 3,746 bilhões.

A Embraer (EMBR3), uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, anunciou a emissão de US$ 650 milhões (aproximadamente R$ 3,746 bilhões) em títulos de dívida no mercado internacional. A operação, com vencimento previsto para 2035, está sendo coordenada por grandes bancos globais e tem como objetivo a compra, à vista, de notas em circulação. A liquidação da oferta está programada para ocorrer no dia 11 de fevereiro de 2025. Essa iniciativa faz parte da estratégia da empresa para otimizar sua estrutura de capital e melhorar sua liquidez.
Emissão de títulos de dívida
Na última quinta-feira (06), a Embraer, por meio de sua subsidiária indireta Embraer Netherlands Finance B.V., fixou a taxa de juros anual em 5,980% para os títulos de dívida emitidos. A operação foi realizada a um preço de emissão de 99,688% do valor principal, com garantias fornecidas pela própria Embraer. O valor arrecadado será utilizado para a compra de notas em circulação, no valor de até US$ 150 milhões, em uma oferta pública de aquisição anunciada para fevereiro de 2025.
A escolha dessa estratégia de emissão no mercado internacional reflete a confiança dos investidores na Embraer e em sua capacidade de gerar valor no longo prazo. Além disso, a operação visa fortalecer a posição financeira da empresa, oferecendo maior flexibilidade para futuros investimentos e expansão, conforme o cenário econômico global se adapta.
Objetivo da captação
A Embraer pretende utilizar os recursos captados para a recompra de notas em circulação que foram emitidas anteriormente, por meio de ofertas públicas de aquisição simultâneas. A oferta de recompra, anunciada no início de fevereiro de 2025, permitirá à empresa reduzir sua dívida existente e otimizar seus custos financeiros. A aquisição dessas notas, no valor de até US$ 150 milhões, será realizada à vista, dando à Embraer maior controle sobre sua estrutura de dívida.
Esse tipo de operação é comum entre empresas que buscam reduzir seu endividamento de curto prazo ou melhorar a composição de sua dívida, refinanciando-a a condições mais favoráveis. Ao realizar a recompra de títulos com condições de juros mais altas, a Embraer pode também reduzir seus custos com juros, aumentando sua capacidade de investir em novas tecnologias e processos, fundamentais para a continuidade de seu crescimento no mercado global de aviação.
Coordenação global
A operação de emissão foi estruturada com o apoio de algumas das maiores instituições financeiras do mundo. O Citigroup Global Markets Inc., Goldman Sachs & Co. LLC, J.P. Morgan Securities LLC, Morgan Stanley & Co. LLC e PNC Capital Markets LLC atuaram como coordenadores globais e joint bookrunners da emissão de títulos. Também participaram do processo o BofA Securities, Banco Bradesco BBI S.A., Credit Agricole Securities (USA) Inc. e Santander US Capital Markets LLC, que ajudaram a garantir o sucesso da operação.
Esses bancos desempenharam um papel crucial na articulação e organização da emissão, oferecendo suporte financeiro e estratégico à Embraer para garantir o acesso a uma base de investidores global e diversificada. O envolvimento desses grandes players financeiros também demonstra a confiança no futuro da Embraer e em sua capacidade de cumprir suas obrigações financeiras.