Dono da L’Occitane deve fechar capital da empresa com oferta bilionária
O bilionário proprietário da L’Occitane International SA (LCCTF), Reinold Geiger, está próximo de fazer uma oferta para fechar o capital da empresa de cuidados com a pele, conforme relatam fontes familiarizadas com o assunto. O acordo poderia avaliar a empresa em cerca de US$7 bilhões, incluindo dívidas. Geiger está considerando fazer uma oferta pelas ações […]

O bilionário proprietário da L’Occitane International SA (LCCTF), Reinold Geiger, está próximo de fazer uma oferta para fechar o capital da empresa de cuidados com a pele, conforme relatam fontes familiarizadas com o assunto. O acordo poderia avaliar a empresa em cerca de US$7 bilhões, incluindo dívidas.
Geiger está considerando fazer uma oferta pelas ações da L’Occitane que ainda não possui, por um preço entre 33 e 34 dólares de Hong Kong cada, já na segunda-feira (29), de acordo com as fontes, que pediram para não serem identificadas devido à natureza privada das discussões.
O fundo Blackstone está preparado para ajudar a financiar o acordo de aquisição, juntamente com o braço de gestão de ativos do Goldman Sachs Group.
Uma oferta pode avaliar a L’Occitane em cerca de 6,5 bilhões de euros (ou US$7 bilhões). A Blackstone e a Goldman Sachs Asset Management estão preparadas para fornecer cerca de 1,6 bilhão de euros em financiamento total, conforme relatam as fontes.
Um veículo controlado em última instância por Geiger, presidente do conselho da L’Occitane, já possui mais de 70% da empresa, de acordo com documentos arquivados pela empresa.
A negociação das ações da L’Occitane foi suspensa em Hong Kong em 9 de abril, aguardando um anúncio relacionado à aquisição. As ações fecharam em 29,50 dólares de Hong Kong um dia antes, o que avaliava a empresa em cerca de US$5,6 bilhões.
No início do mês, Geiger já estava próximo de um acordo para fechar o capital da empresa, potencialmente encerrando sua trajetória de 14 anos na bolsa de valores de Hong Kong.
As negociações estão em andamento, sem uma decisão final tomada até o momento. Detalhes como preço e prazo ainda podem sofrer alterações, conforme informaram as fontes. Um representante da L’Occitane não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, e tanto a Blackstone quanto a Goldman Sachs optaram por não comentar.
A L’Occitane foi fundada em 1976 pelo francês Olivier Baussan, que iniciou a produção de óleos essenciais a partir de plantas como a lavanda na zona rural da Provença, vendendo-os em mercados locais. Geiger tornou-se acionista minoritário em 1994, mas devido ao fraco desempenho da empresa, acabou ingressando na mesma em uma tentativa de proteger seu investimento.
Ele expandiu a L’Occitane globalmente, afirmando que decidiu mudar-se para a Ásia após ficar impressionado com a ética de trabalho da região. No início, essa estratégia teve resultados tão desfavoráveis que seu auditor alertou que os maus resultados poderiam colocar toda a empresa em perigo.
A companhia foi listada na bolsa de Hong Kong por meio de um IPO (oferta pública inicial) em 2010 e atualmente possui oito marcas, com aproximadamente 3.000 pontos de venda em 90 países. No entanto, apenas cerca de um terço de suas receitas vêm da Ásia, enquanto as Américas são a região de maior crescimento.
A L’Occitane enfrenta um mercado cada vez mais desafiador na China, onde marcas globais como a L’Oréal e a Estée Lauder estão oferecendo descontos frequentes para competir por uma maior fatia de mercado, enquanto as marcas locais ganham popularidade.